Os professores Juscimar Carneiro Nunes, Júlio Mário de Melo e Lima, Francisco Marinho, Gerson Suguiyama Nakagima e Mena Barreto Segadilha (in memoriam), são os homenageados pelo médico artista, Gilson Lima Bentes

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Por Sebastião de Oliveira, Revisão Rozana Barbosa

equipe Ascom

O descerramento da obra de Gilson Lima Bentes aconteceu na tarde desta sexta-feira, 22/12, no Hall do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/Ebserb). A cerimônia de inauguração contou com a participação do reitor, professor Sylvio Puga, da vice-reitora, professora Therezinha Fraxe e do superintendente do Hugv/Ebsergh, professor Juscimar Carneiro Nunes.

De acordo com o artista visual, Gilson Lima Bentes, que também é médico preceptor, supervisor do Programa de Residência Médica em Oftalmologia do Hugv/Ufam e chefe do Setor de Plástica Ocular, a obra levou cerca de um ano para sua realização que teve como referência a obra “Cristo Curando o Cego”, do artista barroco italiano Sebastiano Ricci, do século XVI. Medindo 2,47×1,71, a obra é uma adequação e interpretação própria do artista que substitui os rostos das personagens originais pelas feições de médicos que se dedicaram na assistência médica no Hospital Universitário Getúlio Vargas.

Os médicos homenageados são exemplos de dedicação profissional, fazendo do HUGV, uma referência regional.  Os professores Juscimar Carneiro Nunes, Júlio Mário de Melo e Lima, Francisco Marinho, Gerson Suguiyama Nakagima e Mena Barreto Segadilha (in memoriam), são os homenageados pelo médico artista, Gilson Lima Bentes.

Solidariedade

“O encantamento com a obra de Gilson Bentes se dá no primeiro olhar, impactando na dinâmica de cores e formas, o que nos faz refletir quanto à importância de se olhar para nosso semelhante. Os médicos homenageados  sintetizam a solidariedade e o empenho profissional de dedicação ao Hugv, que há décadas vem se sobressaindo como referência no atendimento de média e alta complexidade, como também na formação de profissionais de saúde de graduação e pós-graduação e no desenvolvimento de pesquisas científicas, disse o reitor, professor Sylvio Puga, que na ocasião cumprimentou médicos e parentes dos homenageados.

De acordo com o superintendente do HUGV/Ebserh, professor Juscimar Carneiro Nunes,  a concepção da obra de Gilson Bentes, além de homenagear os  médicos do Hugv, vem também acalmar os pacientes. “É a terceira obra que o Gilson Bentes retrata cenários de nossa Universidades”, disse o superintendente.

Cura e milagre

Para Gilson Bentes, a principal finalidade da obra é ser um bálsamo e um conforto, um acalento para aquelas pessoas que ao entrar no Hospital Universitário Getúlio Vargas se deparem com uma cena de cura e milagre. “Gostaria de dedicar essa obra a cada colega profissional de saúde, a cada professor preceptor que se entrega de corpo e alma aos ideais do Hospital”, disse o artista.

A obra

Apesar de ser uma reprodução de uma obra do artista italiano Sebastiano Ricci, Gilson Bentes consegui trazer para a nossa contemporaneidade algo que replica em épocas distintas, o valor da vida. Com uma narrativa exclusiva, construída por médicos, a obra torna-se inédita, no sentido de prover uma realidade única, de um trabalho heróico. Guiados pelo mestre, os médicos referenciados tornam-se coadjuvantes de uma ação maior de esperança e conforto centralizada na imagem de Jesus fazendo um homem cego enxergar.

De uma perspectiva amazônica, o autor adequa em outro ponto de fuga, o centro de referência de saúde da Amazônia, o Hospital Universitário Getúlio Vargas, que para alcançá-lo é necessário trilhar um caminho de fé. O jogo de luz e sombra predominante no Barroco, o autor subverte em sua obra o excesso de luz de azul celestial, dominantemente nos cintilantes das indumentárias das personagens que compõem o primeiro plano. No entanto, o excessivo é ofuscado pela regularidade das cores quentes, que ora traduz uma uniformidade dos elementos de composição, direcionando o olhar à cena principal: o milagre de Jesus Cristo.

Sobre o artista

Gilson Lima Bentes possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam-1995), Pós-graduação em Oftalmologia pela Universidade de Mogi das Cruzes, SP (UMC-1999), subespecialidade em Plástica Ocular pela Faculdade de Medicina de São Paulo,SP (FMUSP-2001) e pelo Instituto Benjamin Constant ,RJ (IBC-2002). Atualmente é oftalmologista do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) desde junho de 2015, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), é preceptor e supervisor do Programa de Residência Médica em Oftalmologia do HUGV/UFAM e chefe do Setor de Plástica Ocular. Mestre pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação Alfredo da Matta (FUAM). É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) . Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Oftalmologia e subespecialidade Plástica Ocular, atuando principalmente nos seguintes temas: oftalmologia, plástica ocular e anexos oculares (pálpebras, vias lacrimais e órbita).
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Redação
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