GNV continua em alta no Amazonas, aponta Cigás

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Desempenho persiste mesmo com a redução no valor de outros combustíveis

 

 

A demanda pelo gás natural veicular (GNV) continua em níveis elevados no Amazonas. No mês de outubro, o volume comercializado no estado alcançou média de 27,7 mil metros cúbicos por dia (m³/d), alta de 31% em comparação com o mesmo mês do ano passado, conforme dados da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás).

 

O bom desempenho na comercialização de GNV persiste mesmo com a redução no preço dos combustíveis líquidos (gasolina e etanol). Estudo da Companhia, a partir da análise das variáveis preço e autonomia, baseado em pesquisa local feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 6 a 11 de novembro, indica que a economia no bolso dos motoristas que utilizam o GNV pode chegar a 28% em relação à gasolina e 32% frente ao etanol.

 

Se considerada a demanda pelo combustível de janeiro a outubro deste ano, a média de volume comercializado registrada pela Cigás é de 27,1 mil m³/d, desempenho 76,3% superior ao mesmo período de 2021. Atualmente, a rede de abastecimento de GNV, na cidade, conta com cinco postos e, nos próximos meses, os motoristas locais terão novas opções de postos de combustíveis operando com GNV.

 

O segmento industrial também apresentou desempenho elevado. As unidades fabris do Polo Industrial de Manaus (PIM) interligadas à rede de distribuição de gás natural (RDGN) da Cigás consumiram 188,9 mil m³/d de gás natural no referido mês, aumento de 15,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o volume médio comercializado foi de 163,6 mil m³/d.

 

Já o segmento termelétrico continua a figurar como o maior demandante de gás natural. O volume consumido pelas usinas termelétricas, no mês passado, atingiu média de 4,2 milhões de m³/d. O GN distribuído e comercializado pela Cigás é responsável pela geração de grande parte da energia elétrica consumida na capital e nos municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Coari e Codajás.

 

O desempenho de outros segmentos também foi destaque. Em outubro, a demanda por gás natural do segmento autogeração/liquefação alcançou média de 462,4 mil m³/d. O segmento comercial registrou 4,6 mil m³/dia (média), e o residencial alcançou média de 1,4 mil m³/d de consumo do combustível.

 

O diretor técnico comercial da Cigás, Clovis Correia Junior, destaca o desempenho extremamente importante atingido, no mês de outubro, quanto ao consumo de gás natural.

 

“O segmento termelétrico segue como sendo o principal demandante do gás natural, pois, hoje, mais de 60% da energia elétrica consumida na cidade de Manaus é proveniente do gás natural. Porém, os outros segmentos continuam em franca expansão, seja pelo número de novas empresas e de novos consumidores seja pelo aumento de consumo decorrentes das vantagens percebidas pelo usuário em relação ao gás natural”, aponta.

 

O diretor-presidente da Companhia, René Levy Aguiar, frisa que a Cigás tem trabalhado fortemente na expansão da malha de distribuição para que o gás natural possa efetivamente ser utilizado pelo maior número de usuários possíveis.

 

Vantagens do gás natural

A economia proporcionada pelo combustível aliada à praticidade do fornecimento e ao pagamento da fatura pós-consumo são as principais razões do desempenho do combustível.

 

A versatilidade de aplicação é outro aspecto de destaque do gás natural, uma vez que o insumo pode ser utilizado na geração de energia elétrica e de vapor, aquecimento de fornos e secadores, como matéria-prima, na climatização de ambientes, cocção de alimentos, no abastecimento de frota de veículos, em empilhadeiras, dentre outros.

 

Outro benefício proporcionado pelo consumo do gás natural é o ambiental. A adesão ao GN, em Manaus, representou redução de 73% na poluição provocada pela queima de combustíveis líquidos e de 55% na emissão de gases de efeito estufa (metano e dióxido de carbono). Esses dados foram comprovados por meio de pesquisa produzida pela Green Ocean Amazon.

 

FOTO: Divulgação/Cigás

 

SONORA: Clovis Correia Junior, diretor técnico comercial da Cigás

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Redação
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