Biojoias é tema de curso profissionalizante em Coari (AM)

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A atividade encerra o curso de empreendedorismo, realizado pela Fundação Opção Verde e Sebrae-AM, que terá uma premiação aos alunos

 Com foco em preparar novos profissionais para o mercado de biojoias, a Fundação Opção Verde em parceria  o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amazonas (Sebrae-AM) incluíram um módulo dedicado ao tema no curso “Empreendimentos Florestais Não Madeireiros”, realizado no município de Coari (distante 363 quilômetros a oeste de Manaus). Além de temas variados, o curso ainda vai premiar, no valor de R$5mil, os participantes desenvolveram o melhor ou os melhores planos de negócios ao longo da formação, realizada no mês de setembro,

Conforme Márcia Rebecca Devitte, responsável pelo setor de Projetos da Fundação Opção Verde, o último módulo aplicado voltado para o ramo das biojoias consistiu em profissionalizar alunos para a criação de acessórios a partir da utilização de materiais naturais, como sementes, fios, cerâmicas, madeiras, dentre outros, de forma a usar os recursos naturais de forma sustentável e rentável, dois pilares propostos pela entidade. “Nossa ideia era oferecer opções de negócios para os moradores de Coari que não necessariamente precisavam promover o desmatamento da floresta, ou a utilização de materiais extraídos de forma irregular. Por isso batizamos o curso com este nome, e ensinamos técnicas que pudessem ser aplicadas a partir de tudo aquilo que a natureza nos oferece de forma ‘espontânea’, sem causar nenhum tipo de desequilíbrio”, explicou ela.

No módulo de biojoias, por exemplo, os alunos criaram peças a partir de sementes de árvores e frutas, penas caídas de aves da região – ou sintéticas – e fios oriundos de cipós. “Mas mais do que a montagem, apresentamos técnicas de aperfeiçoamento e também finalização desses acessórios, para que durassem mais e, com isso, o objeto fosse valorizado”, contou. A preparação técnica teve o apoio do Sebrae-AM e professores especializados para preparar os alunos. Além da confecção de biojoias, os participantes participam de uma rede de conhecimentos para gerar renda e criarem estratégias de mercado.

Ao longo dos últimos dois meses, uma série de módulos foram aplicados para que os alunos tivessem uma preparação para implentar e/ou gerir seus negócios, eles os temas constaram ‘Atendimento ao Cliente’, ‘Boas Práticas’, ‘Filetagem de Peixe’, ‘Retirada de Espinha’, ‘Culinária Regional’, ‘Controle Financeiro’ e o ‘Transforme Sua Vida em Modelo de Negócio’. Este último, inclusive, vai ao encontro do concurso proposto pelas duas entidades, que visa premiar com R$5 mil, um ou dois modelos de negócios desenvolvidos durante o curso. Caso a banca julgadora – que ainda será montada – decida por dois projetos, o valor será dividido em R$ 3 mil para o primeiro lugar e R$ 2 mil para o segundo lugar.

“Agora, estamos dando um tempo para que os participantes trabalharem seus planos e, muito em breve, vamos marcar a data junto ao Sebrae-AM para serem feitas as últimas certificações, e também a entrega da premiação. Em seguida, vamos estabelecer um contrato com esse ou esses empreendedores para que possamos acompanhar de perto o desenvolvimento desse empreendimento, o ‘andar dessa carruagem’”, finalizou Rebecca.

A Fundação Opção Verde é uma instituição brasileira com o propósito de proteger a Floresta Amazônica em áreas vulneráveis a ações depredatórias. Manter a floresta em pé é a missão da entidade. Estratégias, ações comunitárias e inovações tecnológicas estão entre os recursos usados para colocar em prática as atividades de monitoramento, conscientização e desenvolvimento sustentável nas áreas de atuação da fundação.

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Redação
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