Temporada paulista do CDA confirma vocação cosmopolita da companhia amazonense

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Corpo de Dança do Amazonas apresenta “TA | Sobre ser grande” no teatro Paulo Eiró, em São Paulo

Na data em que se comemora o Dia Internacional da Dança, 29 de abril, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) estará celebrando de uma forma especial: se apresentando no Festival Abril pra Dança, um dos mais importantes do país, em São Paulo.

Em uma miniturnê compreendida entre os dias 28, 29 e 30 de abril, a companhia amazonense vai exibir o espetáculo “TA | Sobre ser grande” no palco do teatro Paulo Eiró, no bairro de Santo Amaro, na capital paulista.

As apresentações do CDA no Abril pra Dança acontecem em decorrência do Prêmio Funarte de Circulação e Difusão de Dança, com o qual a companhia de dança contemporânea amazonense foi contemplada em 2022.

A premiação da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e o convite para participar do Festival Abril pra Dança, segundo o diretor Artístico do CDA,  são frutos de um trabalho multiprofissional que envolve o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

“O Corpo de Dança do Amazonas é hoje uma das três melhores e maiores companhias do Brasil. Há quem diga que está localizada ‘fora do eixo’, mas o eixo está cada vez mais focado aqui na Amazônia”, diz Mário Nascimento, diretor do CDA e criador da coreografia de “TA | Sobre ser grande”.

No dia 11 de junho, “TA | Sobre ser grande” será apresentado também no Simpósio Internacional de Dança, em Belo Horizonte. Ainda em junho, no dia 20, estará no palco do Teatro Amazonas. Em julho, além de se apresentar no Teatro Amazonas, no dia 11, o espetáculo vai a Uberlândia (MG), onde participará do Festival de Dança de Uberlândia, no dia 15.

Nos dias 8 de agosto, 26 de setembro e 1º de outubro, o público amazonense vai ter novas oportunidades de conferir “TA | Sobre ser grande”, no palco do Teatro Amazonas.

O ESPETÁCULO

O universo e os valores dos povos indígenas da etnia Tikuna foram objeto de pesquisa e serviram de inspiração para a criação de “TA | Sobre ser grande”. “Na língua Tikuna, ‘Ta’ significa grande. O espetáculo aborda o universo dos Tikunas, uma etnia muito rica em cultura, e dos povos originários, dos grandes ensinamentos dos povos indígenas”, explica Mário Nascimento.

De acordo com o diretor e coreógrafo, a cultura Tikuna fala muito da grandeza e beleza da floresta e dos rios. “O espetáculo é como se fosse uma tribo indígena originária no futuro”, define. “Em cena, não é mostrado um povo submisso. É um povo forte, poderoso. Com poderes acima da maioria das pessoas”, define.

Mário Nascimento também quis mostrar a relação simbiótica que os povos originários têm com a natureza. “Eles dominam as alquimias e a magia das florestas. São povos grandes e nós precisamos deles. Eles são o principal elemento de preservação das florestas e dos rios”, diz o coreógrafo. “Se destruirmos as florestas, os rios e os povos originários, perderemos todos os vestígios de nossa humanidade”, conclui.

O CDA

O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) foi criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, para compor os Corpos Artísticos do Teatro Amazonas.

A companhia é referência em Dança Contemporânea no Amazonas e na Região Norte do país, mantém uma programação artística com repertório diverso. Vem construindo um patrimônio imaterial reconhecido nacionalmente.

São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior, que mostram a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea.

Por meio de suas ações, o CDA visa à difusão da dança, o aprimoramento técnico e artístico, a pesquisa, o desenvolvimento de projetos artístico-culturais e a formação de um público crítico, que receba em cada apresentação a qualidade, a energia e a paixão que a companhia tem no seu jeito de fazer dança.

O CDA visa, ainda, articular diálogos que ampliem e potencializem sua capacidade de atuação, sempre pensando e repensando sua função e contribuição na formação cultural, levando em consideração a singularidade da Amazônia e a diversidade e abrangência da cultura.

FOTOS:  Divulgação (Secretaria de Cultura e Economia Criativa)

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Redação
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