Pesquisas colocam o Senador Omar Aziz em posição desconfortável na disputa pelo Senado Federal
O senador Omar Aziz, candidato à reeleição no Amazonas, cujo nome ganhou projeção nacional como presidente da CPI da Pandemia:
“Minha posição já foi colocada lá atrás. Podem fazer cem reuniões, podem entrar cem pessoas no partido, para mim está sendo indiferente, meu candidato é o Lula”. Diz Omar de forma categórica
Enquanto Omar Aziz e alguns de seus colegas senadores devem se alinhar a Lula, parte da bancada do PSD na Câmara é simpática ao presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com pesquisa atual, o senador Omar Aziz, pré-candidato a reeleição neste ano, aparece como ultimo colocado com 2,1%, na disputa por vaga no Senado Federal pelo Amazonas.
Entenda toda a história:
Em sua gestão no Governo do Amazonas – 2010/2014, Omar enfrentou um dos piores momentos de sua carreira politica. Teve seu nome envolvido na Operação “Maus caminhos” da Policia Federal que investigava desvios de verba da saúde pública. No mesmo episódio, Nejmi Aziz, deputada estadual, foi presa por agentes da Polícia Federal. Além da ex-primeira dama, Amin Aziz e Mansur Aziz, irmãos de Omar, foram presos por estarem ligados ao esquema de desvio de recursos da saúde do Amazonas.
Em relatório produzido pela Polícia Federal no estado, o órgão indiciou o senador por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa para desviar recursos do (INC), organização social contratada pelo governo para gerenciar unidades de saúde. O nome do caso, “Maus Caminhos”, é uma referência ao nome da entidade Instituto novos Caminhos (INC), utilizada pelo grupo criminoso ao qual Aziz faria parte para os desvios e fraudes, envolvendo recursos da saúde no Estado do Amazonas.
Verba da saúde bancou gastos da família do senador Omar Aziz , que supostamente recebia “Mesada no valor aproximado de R$ 500 mil reais”.
No documento de mais de 300 páginas, construído a partir de interceptações telefônicas e mensagens de celulares apreendidos, a Polícia Federal relata 26 eventos, como movimentações financeiras, que apontam envolvimento de Aziz em desvios de contratos assinados com o INC, do médico e empresário Mouhamad Moustafa, irmão de Omar.
A PF diz que Omar e familiares tenham receberam vantagens indevidas como:
- Mesada de R$ 500 mil para Omar;
- Pagamento de contas do apartamento do senador em Brasília;
- Repasses a três irmãos e à mulher de Omar, Nejmi Aziz;
- Viagens em aeronaves particulares bancadas por Moustafa;
- Consultas médicas para a mãe do senador em unidades de saúde;
- Pagamentos avulsos que variavam de R$ 2.000 a R$ 250 mil.
- Um relógio de R$ 36 mil da marca Cartier como presente de aniversário para o senador;
A operação “Maus Caminhos” foi deflagrada em 2016, em 19 julho, a operação bateu à porta de Aziz, da ex-primeira dama e foi nessa ocasião em que Nejmi e os irmãos de Omar (Amin Aziz e Mansur Aziz), foram presos. Segundo a Polícia Federal, o esquema de desvios começou no governo Aziz, que terceirizou parte da saúde estadual para a organização social de Mouhamad Moustafa.
“Parte desse dinheiro era utilizado para corromper diversos agentes públicos, incluindo ex-secretários de Estado e até mesmo o ex-governador, com sérios impactos sobre a Administração Pública estadual (corrupção sistêmica). Trecho do relatório da PF.
Fonte: https://bit.ly/3quDfaH