Em ‘Imersões/processos’ a proposta são investigações cênicas durante a semana, e mostras dos processos desenvolvidos ao finais de semana
A pandemia de covid-19 acelerou processos de virtualização da vida que já estavam ocorrendo de forma lenta. Aulas virtuais, trabalho remoto, consultas médicas, quase todos os aspectos das relações sociais passaram a ser mediados pela Internet. Para segmento cultural não foi diferente, lives em redes sociais se multiplicaram, mas e para as artes que dependem da presença física? As artes cênicas já contavam com suportes tecnológicos antes, mas hoje o debate está sendo aprofundado. É a partir dessa premissa que o projeto ‘Imersões/processos’, coordenado por Francisco Rider, oferece seis semanas de imersões que debatem essas questões, com mostras dos processos aos finais de semana. Tendo iniciado em 27 de setembro, as atividades irão até 7 de novembro, sempre nas plataformas virtuais Google Meet e Youtube.
O interesse do projeto é investigar aspectos fundamentais para artistas que têm o corpo como sua primeira linguagem artística, além da presença e da corporalidade. O projeto se organiza através de seis Imersões, com os artistas Célia Gouvêa (SP), Dimas Mendonça (AM), Francisco Rider (AM), Luciana Lara (DF), Marila Velloso (PR) e Rosa Primo (CE), em que haverá a troca e o compartilhamento de práticas com os participantes das Imersões.
O foco de interesse nas Imersões de cada artista/mediador será pelo treinamento cênico corporal dos participantes, conectado com processos de criação. Cada Imersão tem em média 15 horas de duração, de segunda a sexta-feira (exceção da Luciana Lara – terça-feira a sábado), 3 horas por dia, em que os artistas/mediadores, com práticas e metodologias próprias, compartilharão suas investigações cênicas corporais com os participantes.
Aos finais de semana, sábados e domingos, a proposta é mostrar ao público os Processos desenvolvidos pelos participantes em cada Imersão. As Imersões e a Mostra dos Processos ocorrem nas plataformas Google Meet e Youtube.
Direcionado ao público: estudantes e profissionais das artes cênicas (dança, teatro, performance, circo), das artes visuais e pessoas interessadas que já tiveram experiências em práticas e processos de criação artística. Número máximo de participantes: 30.
Todas as atividades serão gratuitas, com inscrições: enviar carta de interesse e mini-bio para dancarbrincarjogar@gmail. com. Os participantes receberão declaração de participação, com as devidas logomarcas das instituições envolvidas na realização do projeto.
Sobre as Imersões
O Corpo em Processo Natimorto para Criação Cênica, de Dimas Mendonça 27/09 a 01/10 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 02 e 03/10 19h (20h BR) A investigação é disposta numa série de procedimentos físicos, submetendo-a a uma rotina repetida inúmeras vezes, com isso, gerando outras presenças no espaço e estimulando processos de autoconhecimento dos performers que vivenciam a experiência. Visa despertar aos corpos artistas um movimento que é sensual, natural, orgânico e sensorial presente em todos, porém sufocado por uma política da cultura de repressão, presente na civilização cristã-ocidental. INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Corpo: ambiente relacional, de Marila Velloso. 04 a 08/10 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 09 e 10/10 19h (20h BR) Entendendo o corpo como primeiro ambiente relacional para estabelecer processos de criação, se estabelecerá procedimentos práticos e teóricos que permitam a resolução de questões e temáticas no e pelo corpo, considerando os sentidos e a percepção como condição para gerar encontros e desenvolvimento artístico. INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Técnica Orgânica e Exercícios Cênicos Poéticos, de Célia Gouvêa 18 a 22/10 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 18 a 22/10 19h (20h BR)
O propósito da Oficina Técnica Orgânica e Exercícios Cênicos Poéticos com Célia Gouvêa é o de fornecer ferramentas para explorar a conjunção entre a cognição e o afetivo por meio de massagens e atenção à respiração, berço do ritmo e canal da vida. O reconhecimento da ossatura conduzirá ao profundo contato consigo e ao desenvolvimento do pensamento por imagens, próprio à arte. A poética, reduto da insubmissão para Augusto de Campos, é estrutura da qual emana o sopro, o ar, a pneuma. INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Cênica Corporal Uma, de Francisco Rider Imersão: 11 a 15/10 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 16 e 17/10 19h (20h BR)
A pesquisa Cênica Corporal Uma (Prêmio Klauss Vianna 2007), é uma síntese de estudos e experimentações que o artista vem desenvolvendo em busca de uma linguagem cênica corporal atravessada por elementos e procedimentos da dança e do teatro contemporâneo, da performance art, das artes visuais e dos Estudos Somáticos. Vamos adentrar num processo de dúvidas, nesse sentido, provocar questões em relação às lógicas capitalistas e neoliberais que coopta nossos corpos. O que meu corpo faz, criativamente, é a partir do meu/do outro desejo, ou faço a partir do fetiche e da lógica capitalista e neoliberal? INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Pesquisa Corporal Como Estratégia para o Desenvolvimento de Estudos Compositivos e Dramaturgias do Movimento, de Rosa Primo. 25 a 29/10 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 30 e 31/10 19h (20h BR)
Desenvolver nos participantes a percepção das linhas de força que atuam na corporeidade dançante como parâmetros para construção e analise do movimento; contextualizar e explorar modelos sensório-motores interiorizados; e investigar a desconstrução da representação cênica e das inscrições do corpo em processos de criação. INSCRIÇÕES ABERTAS
Percepção, Ação e Acontecimento: abordagens do corpo em cena, de Luciana Lara 02 a 06/11 (Terça-feira a sábado) 9 às 12 (10 às 13 – Brasília) Mostra: 06 e 07/11 19h (20h BR)
Investigaremos o corpo e o movimento por meio de aguçamentos da percepção, entrando em contato com o momento em que uma ação começa e está aberta para infinitas possibilidades de desdobramento. Por meio de práticas e experimentações exercitaremos a auto-observação para instigar o mover e o criar. Será um processo criativo transdisciplinar, teórico-prático coletivo que articula saberes e referências de inúmeras linguagens artísticas e campos não artísticos e, também, diferentes materialidades e estímulos para a construção/ constatação/ estudo dos afetos. INSCRIÇÕES ABERTAS
Sobre os artistas mediadores das Imersões
Francisco Rider
Nascido em Manaus (AM), desde 1980 que Francisco Rider vem atuando nas artes cênicas. Viveu e atuo artisticamente no Rio de Janeiro (1987-1989); São Paulo (1990-1996); e Nova York (1996-2006). Há 15 anos retornou para Manaus, onde é um Artista e Gestor Cultural autônomo.
Considera-se pesquisador criador desde criança. Mestre em Letras e Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes da Universidade do Estado do Amazonas (PPGLA/UEA). Possui especialização em gestão Cultural pelo SENAC-SP. Estudou na Escola Movement Research (Nova York, 1996-1998), com Bolsa de Aperfeiçoamento Artístico da Fundação Capes/Mec.
Tem apresentado suas obras cênicas e realizado mediações de oficinas, cursos e workshops nas cidades de Manaus, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Palmas, Brasília, Porto Velho e Belém, e também no exterior, na cidade de Nova York (EUA), Peru e Portugal.
Na cidade de Nova York (EUA), mostrou suas criações em espaços reconhecidos internacionalmente por se dedicarem às artes cênicas contemporâneas como: Performance Space 122 (PS122); Dixon Place; Saint Mark’s Church/Danspace; Judson Memorial Church; The Kitchen Center for Video, Music and Performance; e Here Center of Art, entre outros.
Nos EUA participou do American Dance Festival, do Bates Festival e do Improvisation Festival NYC.
Em 2012 foi convidado e participou do Dança pra Cacilda (projeto de ocupação artística do Teatro Funarte Cacilda Becker, realizado pelo Panorama Festival (RJ).
Entre outros, recebeu os prêmios Funarte Klauss Vianna de Circulação (2011 e 2014) e de Montagem (2007, 2008, 2010 e 2014); Rumos Dança Processos 2009-10, do Itaú Cultural; Nascente, da USP-Editora Abril (SP), de César Volpe (direção artística); Movimentos de Dança do Sesc São Paulo (SP, 1993, 1994 e 1995); e Prêmio Manaus de Artes Visuais da Manauscult (AM, 2014); ProArte SEC; Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2015, na Categoria Ocupação. Seu projeto Brincar/Jogar/Dançar/Criar: Oficinas, Diálogos e Processos Criativos foi premiado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna 2014, e um dos 60 pré-selecionados, em todo Brasil, ao Prêmio Select de Arte e Educação 2017.
Em São Paulo colaborou artisticamente com a coreógrafa paulista Célia Gouvêa e o diretor teatral belga Maurice Vaneau nos espetáculos “Trasgo”, “Tinha Uma Pedra no Meio do Caminho”, “Abrigo (processo)” e na ópera “Aída” (Teatro Guaíra. 1990 – 1995 – SP).
Foi performer no espetáculo “Low”, da coreógrafa Norte-americana Donna Uchizono. Espetáculo premiado com o prêmio The New York Dance and Performance Awards (The Bessies) de melhor criação e música. The Bessie Award é considerado um dos prêmios de artes mais importantes dos EUA (NYC – EUA – 2002).
Foi performer no espetáculo La Noche de La Mezcla; e Over My Dead Body, entre outros, de Patrícia Hoffbauer e Geroge Emílio Sanchez.
Colaborou artisticamente com as artistas norte-americanas: Sarah Pearson (texto e movimento, site work, coreografia, técnica de dança, criação e improvisação para grupos e comunidades); e Susan Osberg (Dance as Ritual/Dance as Performance).
Dimas Mendonça
Ator, Perfomer e Produtor Independente. Seu espetáculo solo Tartufo-me foi selecionado e apresentado no Cena Contemporânea 2018 – Brasília.
Em processo de habilitação em Atuação e Direção Cênicas do Curso de Teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Vivências e apresentações Artísticas: Performance Processo Natimorto – Rua: nas cidades de Lisboa (Março), Madrid (Abril), Paris (Junho) e São Paulo (Setembro); Performance ABAPORUTAÇÃO: Espaço Cultural Anjos 70 e Centro Cultural Maloca (Lisboa). Teatro Cia Chapitô: Interações Poéticas com a diretora Teresa Ricou e a atriz Maria João Luís; Biennial of Contemporary Arts – BOCA: Workshop com Ola Maciejewska, Teatro e Política com Paulo Castro; Steve Paxton Cycle: Workshops e conferências Contato e Improvisação com Steve Paxton; Centro Cultural Maloca: Contato Improvisação com Andreia Paixão. Agosto/ Setembro (São Paulo) – SP Escola de Teatro: História do Teatro Ocidental, com Rogério Toscano; Grupo TAPA: Workshop de Atuação e Direção, com Eduardo Tolentino; Sesc SP: Encontros com Shakespeare, com Ron Daniels.
Cursos de Formação Livre em Teatro: Teatro Experimental do SESC AM (TESC: 2004-2016); Curso de Direção e Atuação: Cia de Teatro Club Noir, de Juliana Gladino e Roberto Alvim (São Paulo); Vivências em Performance e Política: Congresso Performance e Política nas Cidades (Instituto Hemisfério – SP/NYC); Oficina Prometeu Acorrentado: Oficina Cultural Amacio Mazzaropi (SP – Abril a Julho/2008); Curso Livre de Teatro: Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro (AM – 2002 a 2004).
Autor e Ator do espetáculo TARTUFO-ME (2018), da Um Teatro Produções. Espetáculo selecionado para o Festival Internacional Cenas Contemporâneas 2018 – Brasília.
Ator, Autor e Diretor – Performances Artísticas: Processo Natimorto. Processo contínuo e em desenvolvimento, desde 2011.
Processo Natimorto foi convidado e fez residência no Ocupação Lugar Uma de Artes (Prêmio Manaus de Ocupação da Fundação Manauscult 2015), com a performance Abaporutação.
Ator – Espetáculo MARÍLIA GABRIELA NÃO VAI MAIS MORRER SOZINHA. Direção de Fabiano de Freitas. H Produções – Cia UTC – 4. Manaus – 2018.
Ator e Produtor – Projeto Roda na Praça. Fita Crepe Produções. Período: a partir de 2017.
Instrutor de Iniciação Teatral. Teatro Experimental do SESC AM (TESC). SEBRAE AM. Período: 2011 – 2014; e instrutor de Teatro. IPASDEAM (AM). Período: 2009/2010.
Premiado como melhor ator, no Festival de Teatro da Amazônia (AM): Edições 2012/2013; Prêmio Ministério da Cultura: Intercâmbios e Conexões Artísticas. Residência na Cia Club Noir (SP – Março – Junho 2015).
Célia Gouvêa
Artista independente. Doutora em Artes pela ECA/USP. Desenvolve a Técnica Orgânica desde 1992. Tem formação interdisciplinar pelo MUDRA de Maurice Béjart, em Bruxelas- Bélgica, onde foi co-fundadora do Grupo Chandra, junto à Maguy Marin e outros artistas. Com Maurice Vaneau abriu o movimento renovador da dança em São Paulo, no Teatro Galpão, nos anos 70. Tem 6 prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) e bolsas de pesquisa e criação do CNPq, VITAE, Virtuose e John Simon Guggenheim Memorial Foundation (EUA). Coreografou para o Balé da Cidade de São Paulo (SP), Balé Teatro Guaíra (PR), Balé do Teatro Castro Alves (BA), Companhia de Dança de Lisboa (Portugal), entre outros.
Tem ampla experiência no ensino. Ministrou cursos e oficinas em instituições no Brasil e no exterior, tais como Teatro de Dança Galpão, Escola de Comunicações e Artes (E.C.A.), Centro Cultural São Paulo, Serviço Social do Comércio (SESC), Centro de Educação Unificado (CEU), Universidade Anhembi Morumbi, Oficinas Culturais Oswald de Andrade, Belo Horizonte (MG), Festival de Artes em Salvador (Ba), Chapiteau e Escola Superior de Dança (Portugal), em Lyon e Paris (França), em Bruxelas e no estúdio Kunstzentrum Wachsfabrik em Colônia, Alemanha. Durante 5 anos foi professora da então Escola Municipal de Bailados, hoje Escola de Dança de São Paulo. Ingressou a convite de Klauss Vianna, quando este foi nomeado diretor em 1981.
Marila Velloso
Artista da dança há 37 anos é Professora do sistema somático Body-Mind Centering®/BMC e ministra aulas nos Programas Oficiais do Brasil e do Uruguay desde 2012; Como Educadora do Movimento Somático desde 2004, ministrou workshops sobre corpo, movimento, dança e sistemas corporais em várias cidades como Campinas, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Velho, Ji-Paraná, Belém entre outras. Doutora em Artes Cênicas, pela UFBA, é professora Adjunta no curso de Dança da UNESPAR, em Curitiba, desde 1991 onde lidera o grupo de Pesquisa em Dança. Ministrou cursos em Oaxaca/México junto ao psicanalista Junguiano Dr. Sven Doehner articulando conteúdos do corpo, do movimento e de Jogos cênicos ao processo terapêutico do Dr. Sven. Está Presidente da Body-MindCentering™ Association, entre 2019 e 2020. Sua ultima criação e produção artística foi o solo PRESET, apresentado em novembro de 2018, na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento contemplado em 1º lugar pelo Edital Solar. Em 2018 idealizou e efetivou um intercâmbio internacional por meio de uma residência artística entre dançarinos, de Curitiba, do Rio de Janeiro e de Nova York no projeto “Desmistifique sua dança”, no Teatro Cacilda Becker/RJ. Co- Organizou o I Encontro Internacional de Práticas Somáticas: BMC, no IFB, em Brasília, em março de 2018. Em 2017, contemplada pela Bolsa de Capacitação da Funarte/MinC, estudou o Action Theater, com Ruth Zaporah, na Estonia e voz com Perrine Bailleaux (FR); e, em Paris, estudou o Coreographic Theater e Roy Hart técnica vocal com Enrique Pardo e Linda Wise. Realizou turnê pelo Norte do Brasil com a coreografia “So you really think you can dance”, em agosto de 2016 pelo Prêmio Klauss Vianna. Atua em parceria com o Obragem Grupo de Teatro, há 15 anos em funções como preparadora corporal, colaboradora e (ou) diretora de movimento.
Luciana Lara
É diretora, coreógrafa, dramaturgista, professora de dança contemporânea e pesquisadora. Mestre em artes no Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade de Brasília – Unb (Linha de pesquisa: Processos Composicionais para a Cena). Fez especialização no Laban Centre for Movement and Dance em Londres – Inglaterra (1996-1998), onde estudou Coreologia, Coreografia, Design Visual para dança (figurino, cenário e Iluminação) com bolsa do programa APARTES da CAPES do Ministério da Educação e Cultura do Brasil. É graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Fundação Brasileira de Teatro – Faculdade de Artes Dulcina de Morais em Brasília-DF. Lara é fundadora, coreógrafa e diretora artística de uma das mais reconhecidas e respeitadas companhias de dança contemporânea do Centro-oeste: a Anti Status Quo Companhia de Dança (1988) com sede em Brasília -DF. Criou mais de onze trabalhos coreográficos para a A.S.Q. Companhia de Dança em vários formatos (para palco/caixa preta, galerias e espaços alternativos). Na Companhia, também desenvolve criações em foto performances, videodança e intervenções urbanas como o projeto Jamais seremos os mesmos (2007), e as intervenções que se destacam: Camaleões (2009) e Sacolas na cabeça (2014). E, ainda, projetos de dança educação, transformação de plateia e formação de intérpretes para dança contemporânea. Lara, coordena o Núcleo de Formação A. S.Q, desde 2005, um programa regular de treinamento e formação para bailarinos e criadores profissionais no Centro de dança do DF. Já ministrou inúmeras oficinas, workshops e residências abertas a comunidade como: Workshop Corpo e Cidade (2017), Oficina de formação em dança contemporânea (2016), Workshop intervenção Urbanas (2015), Workshop “Camadas de significado na dramaturgia do movimento”(2013,2014). Com a Companhia tem participado de vários festivais de artes cênicas, de dança e de teatro nacionais e internacionais como: CAMP_iN Encuentro Scénico (San Luis Potosí- México), DDD+ FITEI Foco Brasil (Porto – Portugal), Bienal de Dança do Ceará (Fortaleza- Ceará), do XI FIAC BAHIA (Salvador- BA), do Festival Internacional Mladi Levi (Liubliana- Eslovenia), Zurich Moves! (Zurique – Suíça), Festival Internacional Vivadança (Salvador-BA), Festival Panorama ( Rio de Janeiro-RJ), MIT- Mostra Internacional de Teatro de São Paulo ( São Paulo-SP), Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília (Brasília-DF), MID- Movimento Internacional de Dança (Brasília-DF), Mostra de Dança XYZ (Brasília-DF), Projeto Modos de Existir (em duas de suas edições: Intervenções e Publicações) em São Paulo-SP; Festival do Teatro Brasileiro (em 3 edições: Cena DF em Recife-PE, em Campo Grande – MS e em Belo Horizonte-MG), Festival Internacional da Nova Dança (Brasília-DF), Bienal SESC de Dança (Santos-SP), Festival Expande Dança no Teatro de Dança ( São Paulo -SP), Marco Zero – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas (Brasília DF), FITAZ – Festival Internacional de Teatro de La Paz ( La paz-Bolívia). Publicou o livro “Arqueologia de um processo criativo- Um livro Coreográfico” (2010) pelo Programa de Bolsas de Estímulo à produção crítica em Artes – categoria Produção Crítica em Dança (2008) da FUNARTE- Fundação Nacional de Arte. Atualmente está escrevendo um novo livro sobre sua pesquisa “Corpo e Cidade”.
Rosa Primo
Cearense. Doutora, pesquisadora em dança, bailarina, professora e jornalista cearense.
Deu início ao seu Doutorado em Sociologia (Conceito CAPES 4) em 2006, também na Universidade Federal do Ceará, com estádio de um ano, 2008(doutorado sanduíche pela CAPES) no Departamento de Dança da Universidade Paris VIII, na França. O título de seu Doutorado foi Corpografias em Dança Contemporânea obtido em 2010.
Em 1989 foi viver e trabalhar em São Paulo. Trabalhou como intérprete-criadora com a coreógrafa Célia Gouvêa, fazendo parte do primeiro elenco de “Pedra no Caminho”, entre outras produções coreográficas do Teatro de Dança de São Paulo, de Célia Gouvêa e Maurice Vaneau.
Fez parte da equipe de implantação da Escola Pública de Dança da Vila das Artes. É coordenadora do curso de Dança da Universidade Federal do Ceará. E tem sua pesquisa direcionada principalmente nas áreas da teoria da dança, filosofia e corporeidade dançante.
Em 1990 ela inicia sua graduação em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) com o título A dança da Cidadania, o que mostra que sua formação teria ligações fortes com a Dança. Em 93 fez parte do Projeto Dança no Teatro Sergio Cardoso, também em São Paulo. Volta ao Ceará em 1999, e passa a atuar como Jornalista/Crítica de dança para o Jornal O Povo. Já em 2000 fez parte do projeto A Arte de Pensar I e II no Teatro José de Alencar, no mesmo período iniciou seu trabalho na Escola de Dança e Integração Social Para Crianças e Adolescentes (EDISCA), onde ministrou aulas práticas de dança por nove anos. Ainda em 2001 recebeu o Prêmio de Estímulo à Cidadania da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Em 2001 deu início ao seu Mestrado em Sociologia (Conceito CAPES 4) pela Universidade Federal do Ceará. O título de seu Mestrado daria mais tarde o nome de seu primeiro livro: A Dança Possível – As ligações do corpo numa cena (2006), onde ela tenta mapear algumas tendências e impasses críticos que envolvem a história da dança cênica cearense. Atuou na Coordenação de alguns cursos em arte do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em 2004 e ministrou disciplinas ligadas à História da Arte em algumas faculdades e universidades na cidade de Fortaleza no mesmo período. No ano seguinte atuaria como Coordenadora da área de dança na Fundação de Cultura de Fortaleza (FUNCET) até 2007. A Funcet era o órgão responsável pelas políticas públicas ligadas à cultura da Prefeitura de Fortaleza, depois denominada Secretaria de Cultura de Fortaleza.
Atuou como professora em várias faculdades cearenses, ministrando as disciplinas de Crítica de Dança, História da Dança, Técnica de Martha Graham, entre outras. Tendo ministrado a disciplina de Artes Cênicas e Educação no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Arte Educação da Faculdade 7 de Setembro (FA7) no período de 2007 a 2009. E Professora da disciplina Ateliê II com a oficina “consciência corporal”, no curso de graduação em Belas Artes, Artes Plásticas e Artes Cênicas da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Foi também professora de História da Dança I e II do Curso Técnico em Dança (realização da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) – Instituto de Cultura e Arte do Ceará (IACC) – em parceria com o SENAC). Participou como professora da Extensão Universitária em Dança e Pensamento, parceria da Escola Pública de Dança da Vila das Artes com a Universidade Federal do Ceará.
Hoje, é professora do curso de Teatro e atua como professora e coordenadora do curso de Dança, ambos do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
Allan Gomes – assessor de comunicação do projeto