Plínio Valério retoma trabalhos em Brasília após primeiro turno das eleições, com foco na sabatina do novo presidente do BC e na reforma tributária

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Manaus – Após o recesso branco motivado pelas eleições municipais, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) retoma os trabalhos legislativos nesta semana, destacando como prioridades a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central (BC), e a discussão da regulamentação da reforma tributária. Durante o período de campanha, apesar da ausência de votações presenciais, o senador aproveitou para se reunir com lideranças locais, visitar bairros, fiscalizar obras e ouvir as demandas da população amazonense.

A sabatina, que ocorrerá nesta terça-feira (08) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), é um dos principais eventos da semana. Galípolo, atual diretor de política monetária do BC, foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Roberto Campos Neto na presidência da instituição.

Apesar de o governo ter retirado a urgência na tramitação da regulamentação da reforma tributária, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), Plínio alerta para a necessidade de uma análise cuidadosa. “Essa reforma pode trazer graves consequências, como a retirada das garantias constitucionais da Zona Franca de Manaus e o aumento de impostos sobre o patrimônio, afetando todos os brasileiros”, destacou o senador.

Além desses temas, a pauta legislativa inclui o projeto de lei que prevê mudanças na Lei da Ficha Limpa, o que pode impactar as candidaturas nas próximas eleições.

“Precisamos aproveitar essa semana de retorno para avançar em temas cruciais, como a sabatina do indicado para presidir o Banco Central. Há uma preocupação legítima quanto à transição de Roberto Campos Neto para a gestão de Galípolo, principalmente em relação à redução da taxa de juros sem que haja controle dos gastos públicos, o que poderia levar ao descontrole fiscal e à volta da inflação”, alertou Plínio.

O senador também relembrou os méritos da autonomia do Banco Central conquistada durante a gestão de Campos Neto. “Graças à nossa lei da autonomia do BC, Campos Neto pôde conduzir uma política monetária bem-sucedida, com controle da inflação, sem interferência política. O PT e o presidente Lula, que fizeram campanha contra essa independência, agora colocam Galípolo na presidência, e precisamos questionar o que virá pela frente”, concluiu.

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Redação
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