Órgãos de proteção das crianças e adolescentes realizam nova ação nos semáforos de Manaus
Com o objetivo de combater a exploração do trabalho infantil, foi realizada na tarde desta quinta-feira (17), a 4a. ação conjunta de retirada de crianças de adolescentes das principais vias da zona Oeste da capital. A iniciativa contou com a participação das equipes da Comissão de Promoção e Defesa das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPDDCA-ALEAM), Conselho Tutelar da zona Oeste e Polícia Militar que percorreram os bairros da Compensa e Ponta Negra e as avenidas Constantino Nery e Djalma Batista.
À frente da fiscalização, o deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas) falou da continuidade da ação nas ruas, para evitar que mais crianças e adolescentes continuem sendo explorados. “Pensando no bem estar desses menores e da própria família, buscamos, com o apoio os órgãos de defesa e proteção a crianças e adolescentes, dando todo suporte e orientação aos pais e responsáveis para que essas crianças não sejam mais expostas às mais diversos perigos e violências”, afirmou o parlamentar.
Para o conselheiro tutelar, Cosme França, o trabalho realizado pela rede de proteção fortalece ainda mais o combate à exploração dos menores. “Os pais, a partir de agora, vão receber orientações e acompanhamento para que não usem os seus filhos para obter dinheiro. O conselho tutelar está aqui para proteger essas crianças que estão sendo negligenciadas pelos seus tutores”, disse ele.
No total, foram retirados das ruas, 15 crianças, 10 adultos e 3 adolescentes, que foram levados para a Escola Estadual Áurea Pinheiro Braga, localizada na Avenida Brasil, para terem acompanhamento no cadastro em programas sociais, matrícula nas redes municipal e estadual de ensino, além de outros benefícios.
Dados
Segundo dados obtidos pela Comissão de Promoção e Defesa das Crianças, Adolescentes e Jovens da Aleam, a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes sofrem algum tipo de abuso ou violência no Brasil. O deputado pede que os cidadãos denunciem esses crimes, impedindo que esse tipo de prática continue. “A sociedade como um todo precisa agir. Ninguém pode ficar omisso diante desse flagelo social que faz vítimas todos os dias”, ressalta Álvaro Campelo.