Opinião do deputado Zé Ricardo (PT/AM) sobre a decisão dos professores e professoras do Amazonas de aprovarem Estado de Greve

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Opinião do deputado Zé Ricardo (PT/AM) sobre a decisão dos professores e professoras do Amazonas de aprovarem Estado de Greve

“A falta de reajuste salarial há mais de dois anos, a falta de condições de trabalho para realização do ensino remoto e a ameaça de retorno das aulas presenciais levaram os professores da Seduc e Semed a aprovarem nesta semana Estado de Greve, ou seja, estão se mobilizando para, caso seja preciso, realizar uma greve. Acho justa essa decisão. Afinal de contas, já são mais de dois anos que as secretarias não cumprem a obrigação de pagar a data-base desses trabalhadores. É um direito e direito é pra ser cumprido.

Além disso, as secretarias ameaçam o retorno das atividades presenciais, mas sem a vacinação dos profissionais de Educação e nem dos alunos. Ano passado, os professores e professoras deram um voto de confiança ao governo do estado e retornaram às salas de aula. O que se viu foi várias escolas sem segurança sanitária e muitos professores e alunos adoecendo e centenas vieram a óbito. Segundo pesquisadores, cerca de 1,5 mil alunos em sala de aula, ajudaram a criar a segunda onda do Covid-19 no estado.

Estão corretos professores em brigar por reajuste salarial e por melhores condições de trabalho, mas principalmente, por suas vidas. O Governador está no conforto e na segurança do seu cargo, já tomou sua vacina. Não é justo expor as pessoas dessa forma. Retornar às atividades normais nas condições atuais é prematuro e muito arriscado. Não estamos livres da Covid-19, houve redução de mortes e contaminações exatamente por conta do isolamento social, que agora estão querendo suspender.

E a FVS e o próprio governador admitem a possibilidade de uma terceira onda, provavelmente nos próximos meses. Então, como podem, sequer, pensar em retorno às aulas presenciais sem todas as condições necessárias para se evitar novas contaminações e mortes? Por isso, estou lutando na Câmara Federal para que os profissionais de educação tenham prioridade na vacinação contra à Covid-19. Sala de aula sim, mas antes, a vacina.

Portanto, a decisão dos professores e professoras é legítima e deve ser respeitada pelo Governo do Estado e Prefeitura que, sequer, abriram diálogo com a categoria para tratar de um direito adquirido com muita luta e dedicação. Como também, o direito à saúde e à vida. A luta desses profissionais é justa e tem todo meu apoio!”

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Redação
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