“Erros” nos medidores de energia duplicam as contas de luz em Manaus e outro “erro” nos estudos técnicos para venda da Eletrobras, apontado no relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), revelou uma subavaliação gigantesca, que dará um prejuízo de R$ 230 bilhões ao patrimônio público, porque não considerou que as usinas em cotas tinham contrato até 2042, gerando uma grandiosa renúncia de receita à União. Me pergunto se esses erros são acidentais ou intencionais. No caso da Eletrobras, vamos pedir investigação.
Parabenizo a CPI da Amazonas Energia, pelas ações e debates realizados nas últimas semanas, confirmando que os medidores instalados nos bairros de Manaus estão alterando as contas de energia, prejudicando os consumidores. Isso porque o Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), após fiscalizações, afirmou à CPI que os aparelhos apresentaram o dobro na contagem de consumo elétrico, impactando no valor da fatura. No final de janeiro, ingressei com representação na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), solicitando a imediata investigação das denúncias sobre a possível falta de transparência na implantação do novo sistema de medição. Denúncias vindas da população, revoltada com os aumentos exorbitantes nas contas de energia.
Isso tudo já é um sinal de alerta para as consequências da privatização da Eletrobras, em andamento no país, já que os empresários querem o lucro a qualquer custo. E o Governo brasileiro quer entregar mais um patrimônio público à iniciativa privada, a preço de ‘banana’. Vender a Eletrobras, uma empresa que só dá lucro já é um absurdo, mas vender por R$ 67 bilhões, quando vale cerca de R$ 400 bilhões, é um roubo. Essa negociação precisa ser travada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), já que a bancada do Governo Federal conseguiu autorizar a privatização.
O TCU deve responsabilizar o “erro” e considerá-lo para barrar o processo, como prejuízo bilionário ao país e aos brasileiros. Em minha opinião, esses não podem ser considerados simples erros e esquecimentos. Medidores que cobram o dobro do consumo e um prejuízo de R$ 230 bilhões é um assalto à população de Manaus e ao Brasil! E fica mais um questionamento: será que o preço de venda da Amazonas Energia também foi justo, já que na Eletrobras houve um “erro”?