Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas

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O Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, em Manaus-AM, foi tombado por sua importância cultural.

CEDPHA – Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas
Nome Atribuído: Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas – IGHA
Localização:  R. Frei José dos Inocentes, nº 132 – Centro – Manaus-AM
Processo de Tombamento: Decreto Nº 5.218, de 03/10/1980

Descrição: Fundado em 25 de março de 1917, considerado de utilidade pública pela Lei Estadual nº 897, de 24 de agosto de 1917, e pela Lei Municipal nº 1.071, de 22 de outubro de 1973, sendo, dessa forma, tutelado e financiado pelo Estado do Amazonas e pelo município de Manaus, o IGHA conquistou, por doação governamental assinada pelo governador Pedro de Alcântara Bacellar (1917-21), sua sede própria, construído no Centro Histórico.
Situado à Rua Bernardo Ramos, o IGHA é a instituição cultural mais antiga do Amazonas além de promover seminários e palestras, possui um museu próprio, com valiosas peças históricas, além de uma coleção única de peças indígenas. Sua biblioteca e, principalmente, sua hemeroteca são pontos obrigatórios para os que se dedicam a pesquisar sobre a Amazônia.
A sede do IGHA passou por restauro na década de 1980, durante a presidência do consócio Robério dos Santos Pereira Braga, e adequada aos serviços que se dispunha a prestar. Foi restabelecido o Museu Crisanto Jobim, disposto em duas seções: uma, composta de peças da etnografia amazônica, que pertencera ao Museu Rondon, criação e manutenção do próprio homenageado. O acervo deste museu foi doado ao IGHA pelo interventor federal, capitão Nelson de Mello, na década de 1930. A outra seção expõe objetos e peças de diversas procedências, entre estas, a espada do comandante Plácido de Castro, que rememora a Revolução Acreana (1900-04). Também nesta gestão, foi organizada a biblioteca, que recebeu o nome do falecido sócio efetivo Walmiki Ramayana de Paula e Souza de Chevalier, nascido em Manaus, era médico formado pela Faculdade de Medicina da Bahia, também coronel da Polícia Militar do Estado, mas que se notabilizou pelos escritos e debates jornalísticos.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: A origem desse espaço cultural está vinculada ao Museu Rondon, criado e organizado pelo pesquisador Crisanto Jobim. Em 25 de outubro de 1926, com o objetivo de adquirir essa coleção particular, a Intendência Municipal concedeu ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas – Igha um auxílio financeiro no valor de cinco contos de réis.
Contudo, a compra do antigo Museu Rondon foi efetivada somente em 1934, quando o Governo do Estado o adquiriu e o repassou ao Igha, à época, dirigido por Agnello Bittencourt.
Nesse período, o Igha já possuía algumas peças de referências históricas, etnográficas e arqueológicas sobre a região, reunidas desde a fundação do instituto, em 1917. Com a incorporação da coleção do Museu Rondon, foram adquiridos novos mostruários que serviram para a exposição das peças, na sede própria do Igha, na rua Bernardo Ramos, n. 117, Centro – local em que se encontra até hoje.
Em 1976, o museu foi reorganizado pelo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundação Joaquim Nabuco, em conjunto com a Fundação Universidade do Amazonas, atual Universidade Federal do Amazonas. Após esse trabalho de recuperação, sua reabertura foi realizada no dia 7 de setembro daquele mesmo ano.
No início da década de 80, época em que o seu acervo era de, aproximadamente, 450 peças, esse espaço cultural passou a contar com o serviço de profissionais especializados em Museologia e Arqueologia. No dia 20 de maio de 1982, sua denominação foi alterada pela diretoria do Igha e passou a chamar-se Museu Etnográfico Crisanto Jobim.
Seu patrimônio atual contém mais de mil peças, entre cerâmicas, instrumentos de madeira, ossos, arcos, flechas, objetos de adornos de guerra, cocares, igaçabas, conchas de moluscos etc. Entre elas, destaque para uma estatueta de pedra antropozoomorfa – a peça mais rara desse museu –, as urnas funerárias da subtradição Guarita, os muiraquitãs (amuletos indígenas, em pedra), além de diversos objetos relacionados à Revolução Acreana.
Fonte: IDD.

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Redação
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