Entidades e radiodifusores recebem homenagem em solenidade pelos 100 anos do Rádio no Brasil

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Para comemorar a data, Ministério das Comunicações (MCom) promoveu cerimônia realizada em Brasília, nesta quarta-feira (23). Selo, exposição e benefícios para o setor foram apresentados

Brasília-DF, 23/11/2022 — O Ministério das Comunicações (MCom) homenageou, nesta quarta-feira (23), 55 radiodifusores, emissoras, entidades e personalidades do setor durante a cerimônia alusiva aos 100 anos do Rádio no Brasil. Cada um dos escolhidos recebeu uma medalha em bronze, confeccionada pela Casa da Moeda e pela Pasta, para celebrar a data. O evento foi promovido em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A rádio continua voando. A iniciativa de levar os aplicativos de rádio FMs para os celulares foi fundamental para este momento. Com mais de 250 milhões de aparelhos telefones no país com modo FM, vamos ter muito mais gente escutando rádio”, comentou o ministro das Comunicações, Fábio Faria. “Já fizemos mais de 1,1 migrações de rádios para FM, tivemos também o parcelamento das outorgas. Foi uma entrega de todo o time que temos no Ministério e ouvindo a todas as entidades. Acredito que demos mais vida longa para este ramo que é tão importante”, completou o ministro.

Rádios como a Band FM (SP), Jovem Pan (SP), CBN (RJ), FM O Dia (RJ), Verdes Mares (Fortaleza), Itatiaia (MG), Pampa e Guaíba (RS), Clube (DF), Rede Rádio Nacional (EBC), estão entre as agraciadas. Entidades como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) também serão condecoradas. O comunicador Ratinho, Ricardo Boechat (in memorian) – que morreu em 2019 em um acidente de helicóptero -, o programa A Voz do Brasil, o ministro da Ciência, Tecnologia, Paulo Alvim, e a família do ex-presidente Epitácio Pessoa, que inaugurou o Rádio no Brasil, integram a lista.

Na solenidade ocorreu também a obliteração de selos que marcam os 100 anos do Rádio. O conjunto de quatro selos confeccionados pelos Correios sintetiza a história do rádio e fazem referência à primeira transmissão ocorrida no Brasil, com a imagem de Roquette-Pinto, responsável por fundar a primeira emissora do país e considerado o pai da radiodifusão no país. No total, foram confeccionados 14 mil blocos comemorativos. Na filatelia, a obliteração diz respeito à ação de marcar um selo postal para evitar o uso posterior.

AÇÕES — Durante o evento, o secretário de Radiodifusão, Maximiliano Martinhão, apresentou dados dos programas e ações executadas pela Pasta desde a recriação do MCom. Em quase 2 anos e meio, mais de 36 mil processos foram analisados. Isso resultou na assinatura de mais de 1,6 mil termos de adesão ao Programa Digitaliza Brasil; na migração de mais de 1 mil rádios de AM para FM; 431 municípios foram contemplados pelo Plano Nacional de Outorgas (RadCom); 94 emissoras foram autorizadas a retransmitir a programação na Amazônia Legal — nos estado do Amazonas (62), Acre (28) e Rondônia (4); entre outras ações.

Além disso, o Governo Federal trabalhou em editais de consulta pública para rádios comerciais; na flexibilização e dispensa do horário de veiculação da Voz do Brasil; na portaria de parcelamento de outorgas vencidas; e na construção de portaria que atualiza alterações de classe dos serviços de radiodifusão.

“O rádio sobreviveu a todas as mudanças históricas e tecnológicas e continua a impactar os seus ouvintes como se ainda fosse uma novidade. Que ele continue a ser a nossa companhia inseparável”, disse o secretário Maximiliano Martinhão.

Atualmente, o Brasil conta com 642 geradoras de programação para a televisão — e com aproximadamente 24 mil retransmissoras de TVs. São mais de 4,2 mil emissoras de rádio FM com outorgas vigentes e mais de 1 mil que operam em AM. Em todo o país, quase 5 mil rádios comunitárias levam informação aos brasileiros.

HISTÓRIA — A primeira transmissão radiofônica no Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1922, para comemorar o Centenário da Independência do Brasil. Na ocasião, o presidente da República à época, Epitácio Pessoa, abriu a programação. O discurso do Presidente foi propagado por meio de um transmissor de 500 watts, fornecido pela empresa norte-americana Westinghouse e instalado no Morro do Corcovado, local onde hoje está a estátua do Cristo Redentor.

A transmissão experimental foi realizada graças às iniciativas do cientista e educador carioca Edgar Roquette-Pinto. Em abril do ano seguinte, foi inaugurada a primeira emissora brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

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Redação
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