Um dos principais pontos é a segurança do Galpão do Boi Caprichoso, que abriga módulos alegóricos contendo materiais altamente inflamáveis. Em um clima quente como o da região, qualquer faísca, seja ela originada por um cigarro, fogos de artifício ou até mesmo garrafas de bebida, pode desencadear um incêndio de grandes proporções. Esta ameaça é agravada pelo fato de que incidentes semelhantes já ocorreram no passado, como o incêndio proposital em 20 de outubro de 2020, que foi resultado do uso de fogos de artifício, conforme investigado pela Delegacia de Polícia.
Rossy Amoedo ressalta a importância da segurança do patrimônio do Boi Caprichoso. “Compreendemos que as eleições podem ser momentos de grande emoção e tensão, e há o risco de que os ânimos se exaltem e as estruturas alegóricas e o galpão do Caprichoso pode ser o maior prejudicado nessa situação, tanto em termos de segurança quanto na preservação de seu patrimônio histórico e cultural”, disse.
Diante dessas preocupações, o presidente sugere alternativas viáveis que o boi contrário pode considerar para respeitar sua história e tradição. Uma opção seria realizar a eleição em um ambiente caracterizado pelas cores do bumbá, que representam sua agremiação, em vez de utilizar o espaço azul, tradição do Boi Caprichoso. Locais como São José Operário, Waldemar Pedrosa, São Francisco, Ryota Oyama ou até mesmo o próprio curral poderiam ser considerados para abrigar tal evento, seguindo o exemplo do Boi Caprichoso.
“A rivalidade entre os bois é uma tradição importante em Parintins, mas deve ser mantida de forma responsável, preservando a segurança e o patrimônio histórico e cultural das duas agremiações”, disse Rossy Amoedo.
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