Eduardo vence o debate ao rebater as mentiras de Wilson e se consolida como o único candidato com propostas concretas para o Amazonas

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O senador e candidato ao Governo do Amazonas, Eduardo Braga, expôs a verdade sobre os temas que Wilson Lima esconde sob uma bem produzida campanha publicitária e apresentou o ‘Novo Cidadão que vai injetar R$ 3 bilhões por ano na micro economia.

O debate da TV Amazonas, realizado sem a presença de Amazonino Mendes, com os candidatos ao Governo do Estado, nesta terça-feira (27), fez ressurgir problemas relacionados ao dia a dia da capital e do interior, que revelam a situação precária em vários setores e que o atual chefe do poder executivo estadual tenta esconder com informações truncadas, respostas evasivas e meias verdades.

Quando Eduardo Braga, candidato da coligação “Em defesa da vida”, perguntou o porquê de Wilson Lima deixar faltar oxigênio na fase aguda da Covid-19, o governador, que se recusou a ir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde no Senado para explicar a falta do insumo, desviou do tema mais uma vez. “O que a gente enfrentou aqui foi algo que o mundo não previa”, disse Wilson Lima.

Braga rebateu a evasiva. “O que você não explica é como tendo uma pandemia no mundo inteiro, o único lugar onde faltou oxigênio foi o Amazonas, em Manaus. E você tinha dinheiro, R$ 500 milhões no Fundo Estadual de Saúde. Você foi avisado (pela empresa fornecedora White Martins). Você tinha antecedência para comprar. Você não comprou por incompetência ou por falta de compromisso. Você terá que responder pela sua omissão”, afirmou Braga.

Para contestar a acusação, Wilson pediu que as pessoas digitassem no Google falta de oxigênio em São Paulo. Entretanto, numa busca rápida na internet, encontra-se a falta de oxigênio apenas em uma unidade de saúde da capital paulista. Bastou que a direção da UPA Ermelino Matarazzo transferisse os pacientes e o problema foi resolvido. Em Manaus e em vários municípios do interior, o oxigênio esgotou de forma que milhares de pessoas morreram sem que o governo tomasse providências. Wilson Lima foi apontado, na época, pelo presidente da República Jair Bolsonaro como sendo o responsável pelo caos.

Diante das reiteradas mentiras do governador, Eduardo Braga lançou um desafio à população. “Peço a você que está nos assistindo que se manifeste. É verdade que a saúde do Amazonas vai bem? É verdade que a saúde nos hospitais de Tabatinga, Tefé, São Paulo de Olivença, Parintins, em Manaus, que eu ajudei a construir, está funcionando a contento? Manifeste-se pelo G1, pelas mídias sociais. Fale a verdade. Não acredite e nem compactue com a propaganda enganosa de um governo que insiste em contar uma mentira, não construiu um hospital, uma maternidade”, recomendou Braga.

Fome

O governador disse que recebeu o Amazonas dentro do mapa da fome e que a situação da falta de alimentos nas mesas dos amazonenses faz parte da conjuntura. Quis colocar a culpa da fome nas costas dos governadores anteriores e, mais uma vez, mentiu. Justamente no período em que Eduardo Braga foi governador (2003-2010), o país viveu o melhor momento de prosperidade na casa dos brasileiros e amazonenses. O Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, segundo o relatório global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Entre 2002 e 2013, a população de brasileiros em situação de subalimentação diminuiu 82%. A organização apontou também que, entre 1990 e 2014, o percentual de queda foi de 84,7%

Eduardo Braga destacou a forma mais eficiente de acabar com a dor do prato vazio nas casas dos amazonenses. “O nosso programa ‘Novo Cidadão’ vai unir a proposta do nosso antigo programa Jovem Cidadão, que foi extinto, com a maior política de transferência de renda já realizada. Os R$ 500 do governo do estado, somados aos R$ 600 que o presidente Lula já garantiu, serão R$ 1.100. Aí sim, vamos gerar emprego, renda. Vamos vender mais, nos mercadinhos, nas feiras… Serão R$ 3 bilhões por ano que iremos injetar na microeconomia”, explicou Braga.

Geração de emprego

Eduardo Braga apresentou os indicadores negativos do estado e perguntou sobre os projetos para mudanças do cenário. “Wilson, 57,7% da população está na informalidade. A maior taxa de desemprego entre a juventude está no Amazonas, a nível nacional. Nos 4 anos do seu governo, o que você fez para reverter isso?”
Como resposta, Wilson Lima citou as ações do governo do Amazonas como se fossem iniciativas suas. No entanto, foram tomadas por imposição do governo federal, que determinou reduções de alíquotas. “Nós estamos atentos para dar oportunidades. O meu governo foi o que mais trabalhou a questão tributária, tudo isso para dar condições às empresas. Nós reduzimos o ICMS da gasolina, querosene de aviação, do etanol, do gás natural, da comunicação, de medicamento, de bares e restaurantes. No nosso governo, reduzimos o ICMS da energia elétrica de 25 para 18%”, disse Wilson Lima.

Eduardo Braga contestou as informações e mostrou que a redução da carga tributária pelo governo atual é ínfima diante da que era praticada no passado. “Para certos políticos deveria ter eleição todo ano. Isso que o candidato Wilson Lima falou, ele acabou de fazer às vésperas da eleição. Ao contrário do que ele faz, quando eu era governador, a cesta básica recolhia 1%, o gás de cozinha 1%. As contas de energia do interior eram isentas de ICMS. A conta dos projetos de investimento em geração de emprego e renda na Zona Franca de Manaus eram isentas de ICMS, mas o senhor acabou com a Afeam, Tirou R$ 300 milhões da Afeam para o governo do estado”, salientou Braga ao questionar as diminutas ações do governo na área tributária e de apoio aos empreendedores.

O candidato da coligação “Em defesa da vida”, nas suas considerações finais, destacou dados omitidos pelo governador quando este se lamentou pelos problemas enfrentados, “De janeiro de 2019 a julho de 2022, o estado do Amazonas arrecadou R$ 85 bilhões. Pagou-se entre salários diretos e indiretos R$ 35 bilhões. Sobraram R$ 50 bilhões. Não se construiu um hospital, não se construiu uma maternidade, não se construiu um SPA. O Sisreg é a fila da morte, sem investimentos na saúde. E um inimigo invisível entrou de novo na casa da gente, a fome. Nós queremos enfrentar todos esses problemas para a microeconomia crescer, investir na segurança, investir no servidor público, proporcionar qualidade de vida para a população. Prá crescer tem que mudar e prá mudar é com o 15 de Eduardo Braga e 13 de Lula”, finalizou Braga.

A ausência de Amazonino Mendes praticamente antecipou o segundo turno entre Wilson Lima e Eduardo Braga, em virtude do candidato da coligação “Em defesa da vida” estar crescendo na preferência popular como mostram os grandes eventos de campanha em que o senador participa.

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Redação
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