Diálogos Amazônicos de Brasília analisará Reforma Tributária e dificuldades logísticas da Amazônia 

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Com apoio do CIEAM, encontro será presencial e contará com parlamentares e lideranças empresariais da Amazônia

Objetivo do evento é realizar um balanço da Reforma Tributária e debater os desafios da infraestrutura logística da região

A Fundação Getúlio Vargas, por meio da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), promoverá em Brasília, nesta quinta-feira, dia 6, às 9h00, a segunda edição presencial do projeto “Diálogos Amazônicos”, webinar que debate temas sobre a preservação, o desenvolvimento e a bioeconomia da floresta Amazônica. A entrada será gratuita e os interessados em participar poderão fazer sua inscrição por meio deste link. 

Com a participação de parlamentares, executivos de grandes empresas e especialistas, a conferência conta com o apoio do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) e tem como objetivo fazer um levantamento da Reforma Tributária e dos seus impactos na atração de investimentos para a região Amazônica. Além disso, por meio de painéis, palestras e debates, o encontro se propõe a analisar as estratégias de desenvolvimento para a região e discutir sobre a infraestrutura e os desafios logísticos que a Amazônia enfrenta hoje.

Para Márcio Holland, coordenador do programa de pós-graduação em Finanças da FGV e idealizador do projeto, esse encontro é uma oportunidade valiosa para o público interagir com especialistas da região. “É um momento para compartilhar experiências e adquirir conhecimentos sobre o bioma que possui a maior biodiversidade do mundo”, reforça ele.

O modelo tributário atual transforma a Amazônia em um dos maiores contribuintes de tributos federais do país. Em 2023, por exemplo, foram arrecadados cerca de R$ 21,5 bilhões em impostos. Os investimentos da região em desenvolvimento, inovação e pesquisa chegaram a R$ 1,5 bilhão também em 2023, com a geração de mais de 500 mil empregos diretos e indiretos. 

“A Reforma Tributária e o desenvolvimento regional do Amazonas são assuntos que estão ganhando cada vez mais força entre os principais especialistas e formadores de opinião, pois a região precisa de um sistema tributário mais simples, justo e transparente”, enfatiza J. Portela, diretor do conselho do CIEAM e advogado tributarista. 

Em relação à infraestrutura e aos contratempos logísticos do Amazonas, os gastos atuais com transportes hidroviários no Amazonas são estimados entre 3% e 7% do PIB, o que representa algo entre R$ 4,8 e R$ 11,2 bilhões por ano. “O ideal é que o custo com a logística seja a metade do valor praticado hoje para recuperar a competitividade da Zona Franca de Manaus”, explica Augusto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de Logística. Durante a Grande Seca de 2023, a indústria do Amazonas teve um sobrecusto de R$ 1,4 bilhão em sua operação logística, devido aos problemas causados pelas dificuldades no transporte de insumos. 

Painéis e palestras

O painel “Desafios da Amazônia” contará com o senador da República e ex-governador do estado do Amazonas, Eduardo Braga, junto com Rebecca Garcia, diretora de desenvolvimento de negócios da GBR Componentes da Amazônia e coordenadora da comissão CIEAM de Assuntos Legislativos. Eles farão uma reflexão sobre os desafios enfrentados pela Amazônia. 

Mesas e debates 
 
Após o painel, serão realizadas duas mesas de debates. Luiz Frederico Oliveira de Aguiar, superintendente-adjunto executivo da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), e Erick Moura de Medeiros, diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), vão comandar uma discussão sobre infraestrutura e logística na Amazônia. O encontro será mediado por Augusto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de Logística. 

“Os rumos da Amazônia com a reforma tributária” será o tema da segunda mesa de debates, que será mediada por J. Portela, com a participação do deputado federal e presidente da comissão de reforma tributária, Reginaldo Lopes, do diretor do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), Nelson Machado, e do ex-ministro da Previdência Social e secretário da Fazenda do Estado do Amazonas, Alex Del Giglio.

SERVIÇO
 
Data: 06/06 (quinta-feira)Local: Setor de Grandes Áreas Norte – SGAN – Quadra 602 – Módulos A, B e C – Asa Norte, Brasília.Horário: das 9h00 às 13h30

Sobre os Diálogos Amazônicos

A série Diálogos Amazônicos tem o patrocínio do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), da Bic da Amazônia, da Coimpa Industrial, da Honda Componentes, da Copag da Amazônia, da MK Eletrodoméstico Mondial, da UBC da Amazônica, da Visteon da Amazônia, da Essilor da Amazônia SINAEES (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas), da Jaime Benchimol, da Águas de Manaus, da Super Terminais, da Midea Carrier, da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), da SIMMMEM (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus), da PCE Embalagens, da Placibrás da Amazônia, da FIEAM (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e da Impram (Impressora Amazonense), gráfica e editora localizada em São Paulo que iniciou suas atividades no Polo Industrial de Manaus em maio de 2003.

Sobre o CIEAM
 
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM).  Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que geram mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos, e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Em 2023, movimentou mais de 172,6 bilhões.
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Redação
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