Deputado Fausto Jr. propõe PEC para impedir mudanças de última hora nas regras do Quinto Constitucional

Compartilhe:

Proposta estabelece o princípio da anterioridade anual para a escolha

O deputado federal Fausto Júnior (União Brasil–AM) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estende o princípio da anterioridade eleitoral às normas que regem o processo de escolha dos membros dos tribunais pelo quinto constitucional.

A proposta busca evitar alterações de última hora nas regras das eleições internas que formam as listas destinadas à composição dos Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Tribunais Regionais do Trabalho.

Pelo texto, qualquer mudança nas normas que disciplinam o processo de escolha só poderá entrar em vigor um ano após sua publicação, garantindo estabilidade jurídica e impedindo interferências políticas ou casuísticas nos pleitos que definem os indicados da advocacia e do Ministério Público aos tribunais.

Atualmente, essas regras podem ser modificadas por atos infralegais, como resoluções e portarias, inclusive às vésperas da votação. Segundo o parlamentar, essa possibilidade compromete a lisura e a previsibilidade do processo, em desacordo com os princípios da moralidade e da impessoalidade administrativa previstos na Constituição.

“Assim como ocorre em qualquer processo eleitoral, já existe um princípio de anterioridade que impede mudanças nas regras a menos de um ano do pleito. No entanto, esse mesmo princípio não se aplica às eleições do quinto constitucional. Por meio dessa PEC, estamos garantindo o mesmo padrão de segurança e transparência adotado nas eleições político-partidárias”, explicou o deputado Fausto Jr.

A iniciativa é vista como um instrumento de fortalecimento institucional do Judiciário, da advocacia e do Ministério Público, preservando a credibilidade, a independência e a legitimidade das instituições envolvidas no processo de escolha dos futuros membros dos tribunais.

O parlamentar reforça que o principal objetivo da PEC é fortalecer a democracia.

“Eu entendo que esse é um processo que, independentemente de questão partidária ou ideológica, deve ter unanimidade no entendimento da Casa, porque é algo que traz segurança jurídica. Você está simplesmente deixando a regra do jogo clara, com previsibilidade”, concluiu Fausto Jr.

Compartilhe:
Avatar photo
Redação
Artigos: 8367