Capitão abandonou lar conjugal após anos de convivência marcada por brigas e relato de vias de fato
Alberto Neto, que se diz defensor da família e aliado fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro, abandou o lar, afetando os próprios filhos, à época com doze e seis anos e a esposa, com quem casou em 1999. Após anos de convivência marcada por brigas e relatos de agressões físicas, o capitão só pagou o que devia com ordem de um juiz.
Documentos judiciais do divórcio de Alberto com sua ex-companheira, revelam que embora tenha condições financeiras de arcar com a manutenção dos filhos — já que ocupava um cargo de oficial da Polícia Militar do Amazonas com um salário confortável —, Alberto Neto, que em tese deveria defender os valores tradicionais da família, se recusou a contribuir de maneira amigável.
“Querendo ver o vínculo matrimonial definitivamente dissolvido e o pagamento pelo Requerido de pensão alimentícia para seus filhos e para si, a Requerente tentou, em vão, resolver a situação amigavelmente, motivo pelo qual vem se valer do Poder Judiciário para ter esses direitos garantidos”, diz trecho do documento judicial do divórcio de Alberto Neto com sua ex-companheira.
A ex-esposa de Alberto Neto, à época desempregada, vivia em um imóvel alugado em nome do capitão e foi forçada a recorrer à Justiça para garantir o direito de pensão alimentícia para si e para os filhos.
”Bolsa espancamento” e a hipocrisia de Alberto Neto
Em seu Plano de Governo, Alberto Neto se contradiz. Fala em defender as famílias, “alega querer uma sociedade mais justa, mais ancorada no respeito, ao outro, em valores morais”, mas não honrou a própria família que deixou para trás.
Com apenas duas propostas para defender o público feminino, o capitão apenas traz informações copiadas. Diz que as mulheres têm sido as grandes vítimas esquecidas da violência urbana, e fala do aumento de casos de violência contra a mulher dentro do próprio lar, que ele mesmo contribuiu para a estatística. Nos programas de TV tem apresentado uma proposta chamada “Respeito por Elas” que visa dar um auxílio às mulheres vítimas de violência, o que entre os eleitores tem sido chamada de “Bolsa Espancamento”. Ao invés de uma política para inibir a violência, Alberto defende só agir depois. A proposta soa de forma hipócrita, uma vez que no relato que a ex-esposa faz no documento para a justiça registra ocasiões em que foi submetida a vias de fato, além da agressão de ter que lutar judicialmente para garantir a pensão alimentícia dos filhos.
Fonte: https://encurtador.com.br/jlEoU
