Cachorro fica cego depois de ser atropelado e abandonado para morrer na Avenida Max Teixeira

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Com fratura na pata e ferimento exposto no olho, um cachorro foi socorrido pela equipe do S.O.S PET depois de sofrer um atropelamento e ser abandonado para morrer no asfalto, na tarde desta quinta (22), na avenida Max Teixeira, na zona Norte de Manaus. Pessoas sensibilizadas que trabalham nas proximidades retiraram o animal da rua e pediram ajuda.

De acordo com o protetor de animais, Amauri Gomes, quem viu o acidente diz que, por volta das 14h, o cão foi atingido por um carro em velocidade média no momento em que tentava atravessar a via. O motorista passou por cima dele e seguiu o trajeto normalmente, enquanto, o animal ferido foi deixado para trás.

“É mais uma vítima da violência do trânsito que pouco respeita pessoas, imagine animais. É inconcebível pensar que nos dias de hoje não existe ainda nenhuma lei que penalize o ato de atropelar animais. Isso precisa mudar urgentemente. Mas vale lembrar sempre que omissão de socorro é previsto como maus-tratos e assim que identificado, o suspeito vai responder criminalmente. É cadeia para maus-tratos” disse o protetor.

Pela lei, abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de prover alimentos e condições básicas para sobrevivência, inclusive assistência veterinária, é considerado crime de maus-tratos com pena de multa e até prisão.
Como não existe um tipo de SAMU para animal, o correto é acionar a Polícia Militar Ambiental pelo disque 190.

Apesar de grave, o cãozinho internado em clínica veterinária, não corre risco de morrer. Porém, o quadro do olho direito é irreversível, com perda total da visão.

“Ele ganha uma vida nova agora para superar trauma como tantos outros que já resgatamos vítimas da crueldade em 12 anos de trabalho voluntário na causa. Animais com algum tipo de limitação são mais difíceis de serem adotados, mas não é impossível e nunca desistiremos de encontrar um lar que o acolha com respeito e dignidade”, afirma Amauri Gomes.

O caso vai ser registrado na Delegacia Especializada de Meio Ambiente, a DEMA, que deve iniciar investigação em breve. Imagens de câmeras de vigilância de estabelecimentos próximos podem ajudar a localizar responsável por meio da placa do veículo.

Se você tiver qualquer informação que leve ao paradeiro do suspeito envie mensagem ou ligue para 190 ou 181. O protetor também disponibiliza um canal próprio de denúncias no 92 98176-4497. A identidade não é divulgada.

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Redação
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