A iniciativa pioneira, no Brasil, busca oportunidades de implementação de negócios sustentáveis para aproveitar os diferenciais competitivos do bioma Amazônia
A Escola de Negócios denominada Rainforest Social Business School – RSBS/UEA – será implantada na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) como um projeto que reflete o esforço coletivo e sinérgico de várias instituições, em destaque: o Instituto de Estudos Avançados (IEA) e a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), o Green Rio, a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), parceiros de primeira hora.
A Rainforest Social Business School – RSBS/UEA – é voltada para a implementação de negócios que garantam o desenvolvimento econômico, a inclusão e equidade social como oportunidades de mercado para produtos e serviços oriundos de florestas tropicais, respeitando seus ecossistemas e sociedades. A RSBS/UEA – a 1ª Escola de Negócios da Floresta Amazônica no Brasil será lançada virtualmente nesta quinta-feira (5), às 10h, pela plataforma Zoom.
A coordenação do projeto destaca que a Rainforest Social Business School busca oportunidades concretas de implementação de negócios sustentáveis que sejam capazes de aproveitar os diferenciais competitivos existentes no bioma Amazônia.
Durante o evento, será lançado também o curso de Pós-Graduação Lato Sensu (Especialização) Amazon Rainforest Business – Negócios da Floresta Amazônica, que visa oportunizar o acesso a conhecimentos e técnicas de gestão e empreendedorismo, voltadas à constituição de negócios a partir do aproveitamento de recursos amazônicos oriundos da floresta, das águas, ecossistemas e sociedades associadas, de modo a constituir cadeias de valor comprometidas com a conservação da floresta e valorização das sociedades que aqui vivem.
“O cenário que vislumbramos, a partir da Escola de Negócios da Floresta Amazônica, é potencializar o espírito empreendedor e instrumentalizar jovens e empresários que já estão atuando no interior do estado, principalmente, aqueles que terminaram uma faculdade, tem um potencial latente para negócios e acham que não vão atuar na área. Nós estamos atraindo esses jovens para mudar um pouco suas visões para que eles possam perceber a oportunidade de atuação como empreendedores. Com isso, vamos ter mais negócios com produtos da floresta, com agregação de valor e as unidades produtivas no território amazônico”, disse a pró-reitora de Planejamento da UEA, Maria Olívia Simão.
Por se tratar de um curso voltado para a gestão e empreendedorismo associado à conservação do Bioma Amazônia, o perfil do participante desse processo de formação é o de pessoas com graduação que busquem conhecer aspectos amazônicos relacionados às diferentes faces do mundo dos negócios para atuarem como gestores de cadeias produtivas, empreendedores e ou consultores em negócios das Florestas Tropicais, sobretudo aqueles com inserção na Amazônia.
Inicialmente, serão oferecidas 750 vagas distribuídas em Manaus (200 vagas); Iranduba (50), Manacapuru (50), Presidente Figueiredo (50), Tabatinga (50), Tefé (50), Coari (50), Lábrea (50), Parintins (50), Maués (50), São Gabriel da Cachoeira (50); e Boca do Acre (50). A duração do curso é de 18 meses com carga horária de 450 horas.
“Entre 18 a 20 meses, teremos a oportunidade de instituir 750 empreendimentos, negócios para Amazônia prontos para serem avaliados, implementados e financiados. As incubadoras, investidores, agências de fomento serão atraídas para conhecer esses negócios que estão em desenvolvimento ou prontos para serem implementados na Amazônia”, acrescentou os coordenadores do curso Prof. Dr Paulo César Diniz e Prof. Dra. Andrea Lanza.
Já o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, enfatiza que a implantação da Rainforest Social Business School e da Especialização Amazon Rainforest Business – Negócios da Floresta Amazônica aumenta o alcance social da UEA, na Amazônia, com iniciativas que buscam a sustentabilidade, obtendo recursos da floresta, mas, sobretudo, respeitando as pessoas que pensem na floresta como um sistema vivo e nas comunidades que nela vivem.
“É preciso desenvolver essa bioeconomia preservando os conhecimentos tradicionais dos povos da Amazônia. As pessoas serão formadas para agregar valor aos produtos e as cadeias produtivas da nossa região para que se possa ter uma plataforma de negócios que melhorem a qualidade de vida dessa população que preserva a floresta. Vamos estabelecer uma relação de currículos comuns”, salientou.