Ao lado de Lula, Anne Moura participa de ato em defesa da Amazônia e dos povos originários, no Acampamento Terra Livre

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Na manhã de hoje, terça-feira (12.04), a amazonense e atual secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, visitou o Acampamento Terra Livre em Brasília-DF, ao lado do ex-presidente Lula. A visita se deu como forma de apoio ao acampamento, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib), que está na sua 18º edição e que é a maior mobilização indígena até hoje, reunindo cerca de 8 mil pessoas em Brasília, nos dias 04 a 14 de abril.

A mobilização acontece no mesmo momento em que o Congresso Nacional e o Governo Federal, pautam a votação de projetos que violam os direitos dos povos indígenas. Como os projetos de Lei que liberam o garimpo ilegal, o uso de agrotóxicos, a exploração de áreas indígenas e preservadas, e também o julgamento do Marco Temporal pelo Supremo Tribunal Federal, que diz que os povos indígenas só podem reivindicar terras onde já estavam no dia 05 de outubro de 1988, dia em que entrou em vigor a Constituição Federal.

Para Anne Moura, a mobilização feminina no Acampamento tem sido fundamental para a conquista de apoio e visibilidade. “As mulheres indígenas lutam pela terra. Mas elas lutam principalmente pelo futuro, pelo direito a um futuro. Pelo direito de viver nas suas comunidades, de viver nas aldeias, de desfrutar da caça, do rio, de suas culturas, de suas linguagens, de suas medicinas tradicionais… Lutam para existir! ”, afirmou.

O lema do acampamento este ano é ‘Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política’, com foco na construção e fortalecimento da representação política dos povos indígenas nos espaços de poder.

O ex-presidente Lula parabenizou a Apib pela organização do evento e demonstrou apoio à luta indígena e suas demandas. “É preciso muita coragem, muita capacidade de organização e muita resiliência para que vocês saiam das regiões onde moram, com todas as dificuldades que enfrentam, para acampar por 10 dias e divulgar aquilo que querem para o país. Para lutar contra os decretos Lei, contra os projetos de Lei e para tentar convencer a Suprema Corte a não permitir que o Marco Temporal seja votado do jeito que querem os fascistas que estão no governo hoje”, disse.

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Redação
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