A saúde pública enfrenta desafios graves e interligados, que afetam diretamente a qualidade do atendimento e a vida de milhões de pessoas. São problemas estruturais, financeiros e administrativos que, juntos, formam um cenário de crise. Sendo o primeiro grande obstáculo é o subfinanciamento. O dinheiro destinado à saúde pública raramente cobre todas as necessidades. Com recursos limitados, faltam medicamentos, equipamentos são obsoletos, e unidades de saúde não recebem a manutenção necessária. Isso sobrecarrega o sistema e compromete o atendimento. Além disso, a gestão pública é ineficiente e burocrática. Processos lentos atrasam a compra de insumos e a execução de obras. Muitas vezes, o pouco recurso disponível é mal utilizado, agravando ainda mais a situação.
A consequência direta dessa má gestão é a infraestrutura precária. Muitos hospitais públicos funcionam em prédios antigos, sem equipamentos adequados, com ambientes insalubres e leitos insuficientes. Essa precariedade impacta tanto a segurança dos pacientes quanto a qualidade do trabalho dos profissionais. Outro fator crítico é a escassez de profissionais de saúde. A dificuldade de contratar e fixar médicos, enfermeiros e outros especialistas, principalmente em regiões afastadas, aumenta a sobrecarga de quem permanece no sistema. Isso resulta em filas de espera, consultas rápidas e tratamentos incompletos. Essa desigualdade se reflete também no acesso aos serviços. Enquanto grandes centros urbanos concentram hospitais de referência, comunidades rurais e periféricas sofrem com a ausência de atendimento básico, ampliando as diferenças sociais e regionais. A falta de investimento em tecnologia é mais um agravante. A ausência de sistemas informatizados dificulta a gestão de prontuários, o agendamento de exames e o monitoramento de epidemias. Tecnologias que poderiam otimizar processos e melhorar a qualidade do atendimento ainda são pouco utilizadas.
Por fim, há o problema da corrupção. Recursos desviados, contratos superfaturados e fraudes minam a capacidade do sistema público de investir em melhorias reais, alimentando a desconfiança da população e perpetuando a crise. Todos esses elementos estão profundamente conectados: a falta de recursos alimenta a má gestão; a má gestão gera infraestrutura precária; a precariedade afasta profissionais; a falta de profissionais aumenta a desigualdade no acesso; e a ausência de tecnologia impede avanços significativos. A corrupção, por sua vez, fragiliza ainda mais esse ciclo. Superar esses desafios exige investimento consistente, gestão eficiente, valorização dos profissionais, inovação tecnológica e, principalmente, comprometimento com a transparência. Só assim será possível garantir uma saúde pública de qualidade, acessível e justa para todos.
Abaixo está imagem retrata com está nosso Sistema Único de Saúde – SUS, com remendos e com falta de estrutura para atender nossa população.
Por Adriano Plácido.
Bach. em Administração e Contabilidade | Pós Graduado em Gestão Pública