Durante descerramento das placas das novas subestações de energia, o presidente Lula comparou Parintins com Paris, no sentido de a cidade do interior do Amazonas ter energia contínua e de boa qualidade
Nesta sexta-feira (4/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado da primeira-dama, Janja, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dos governadores do Amazonas e Roraima, Wilson Lima e Antônio Denarium, respectivamente, além de diversas autoridades como o presidente da Amazonas Energia, Márcio Zimmerman e o vice-presidente da concessionária, Orsine Oliveira, formalizou o ingresso das cidades de Parintins e de Itacoatiara ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
As primeiras tratativas para viabilizar o projeto de substituir as usinas termoelétricas por subestações mais eficientes em geração de energia, menos poluentes e silenciosas iniciaram há 20 anos, só foram concretizadas em 2023. “Interligar Parintins ao SIN vai refletir no cotidiano da cidade, realizando um sonho acalentado por décadas”, agradeceu Bi Garcia.
Lucidia Batista, prefeita de Juriti, uma das cidades que também integra o SIN, conhecido como “Linhão de Tucuruí”, disse que a chegada da energia elétrica representa o fim do isolamento imposto por uma rede precária. “A energia vai chegar a cerca de 300 comunidades. É um momento de grande avanço”, comemorou a prefeita.
Investimentos
A Amazonas Energia duplicou a capacidade do fornecimento de energia para a cidade de Parintins, passando de 40 MW para 80 MW. A concessionária investiu mais de R$ 51 milhões na construção de uma subestação com tecnologia de última geração. A concessionária também modernizou o sistema integralmente. Revitalizou e ampliou a distribuição – 17 quilômetros da rede elétrica – ao custo de R$ R$ 28 milhões. Também foi inaugurada a subestação construída pela empresa Celeo, no município de Parintins.
Em Itacoatiara, a Amazonas Energia ampliou o fornecimento de 40 MWA para 80 MWA. Na construção do empreendimento, foram investidos R$ 163 milhões, R$ 40 milhões na nova subestação e aplicou R$ 123 milhões em recursos para a colocação de 113 quilômetros de cabo e 349 torres.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a interligação de Parintins, Itacoatiara, Juruti irá atender mais de 300 mil moradores daquela região. A desativaçào das termoelétricas irá gerar uma economia de R$ 1 bilhão ao ano em virtude de não ser mais necessário o emprego do diesel que, além de encarecer o serviço, poluía o meio ambiente. O presidente Lula garantiu que o investimento nesta área permanecerá com o programa Luz para Todos remodelado. “Vamos continuar levando energia, no Amazonas, para quem precisa. O povo quer luz”, afirmou Lula. Até 2026, devem ser atendidas cerca de 500 mil pessoas com este programa.
Indígenas pedem energia
Representantes dos yanomami, devidamente caracterizados com as indumentárias e pinturas de corpo, compareceram ao evento para pedir que a energia limpa e renovável também seja levada para as aldeias.
Os yanomami viajaram mais cerca de 1.200 quilômetros da cidade de São Gabriel da Cachoeira até Parintins para solicitar que o presidente Lula execute nas aldeias, localizadas em pontos isolados da floresta Amazônica, o mesmo trabalho que a Amazonas Energia vem realizando com êxito no estado do Amazonas: a implantação de placas de energia solar sem custo para consumidores da tarifa social.
A Amazonas Energia instalou placas de energia solar em 78 unidades consumidoras do Lago do Piranha, em Manacapuru. Na segunda etapa, atendeu 952 unidades na área rural de Manaus. Além de contemplar moradores de Beruri, Canutama e realizar obras em Tapauá e Lábrea. Até o final de agosto, a expectativa da empresa é de beneficiar mais de 4.300 pessoas com energia limpa e renovável.