A Amazônia faz de Nova York sua casa na Semana do Clima

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A Casa Amazônia Nova York retorna à Big Apple em 2024, em mais um mergulho profundo na riqueza cultural e ambiental da Amazônia. O evento, que estreou na Semana do Clima no ano passado, tem sua segunda edição marcada para o próximo dia 23 de setembro, no moderno Lightbox, escolhido para realçar a proposta imersiva do projeto. Este ano, o tema “Fazer Amazônida” conduzirá os participantes por uma narrativa que entrelaça técnicas ancestrais e inovações contemporâneas, revelando as características do modelo sustentável de manejo do território e de seus produtos, e apresentando um cartão de visitas da sede da COP 30 ao público internacional.

A primeira edição atraiu mais de 600 visitantes e contou com a presença de 40 instituições e palestrantes, como a cantora Fafá de Belém e o governador do Pará, Helder Barbalho. Na edição de 2024, o evento contará com uma série de palestras de alto nível, que mesclarão líderes da administração pública, empresários e pesquisadores do bioma amazônico, compartilhando seus desafios e visões sobre o futuro sustentável da região.

“O grande objetivo da Casa Amazônia neste ano é mudar o foco da narrativa, sairmos de um discurso onde a Amazônia é um local que precisa ser salvo, um local vítima de desmatamento e outras crimes, para um local de excelência, de protagonismo. Apesar de todos os desafios da região, que passa nesse momento por uma seca extrema, temos uma riqueza cultural e de pessoas que o tornam um território de excelência, em diferentes campos, na ciência, no terceiro setor, na cultura, no empreendedorismo”, explica Caroline Rocha, pesquisadora e doutora em direito pela USP e uma das idealizadoras do evento.

Entre os temas que serão discutidos estão bioeconomia, financiamento climático, COP 30, equidade e mercado criativo. “Os temas desta edição foram priorizados de forma a dar um panorama sobre a importância das práticas sustentáveis na região, e como podemos nos inspirar nos povos tradicionais neste sentido. Um dos focos serão os produtos amazônicos, sua bioeconomia, com um olhar sobre o financiamento e as oportunidades que serão trazidas pela COP30.”, complementa.

Entendendo a importância de aproximar a realidade amazônica da Semana do Clima e acreditando no potencial de trazer o protagonismo dos produtores regionais para a discussão, a Vale é parceira apoiadora da edição deste ano. A empresa pretende trazer a experiência da atuação do Fundo Vale, que completa 15 anos de trabalho na região, de forma a contribuir para a discussão sobre os desafios do financiamento climático e da bioeconomia.

Para sensibilizar os visitantes e proporcionar engajamento entre palestrantes e público, o espaço será transformado em um ambiente imersivo, onde projeções multimídia em 360º destacarão produtos amazônicos. As exibições não apenas mostrarão as práticas tradicionais, mas também a maneira como a modernização e a sustentabilidade mantêm essas técnicas ancestrais vibrantes e relevantes. Cada produto será apresentado como uma obra de arte, refletindo a beleza e a complexidade da região. A experiência será enriquecida por totens interativos com ativação de realidade aumentada e rodas de conversa com produtores, empreendedores e artistas locais, proporcionando um diálogo direto entre o público e as vozes autênticas da Amazônia.

Retratar a cultura amazônica em sua pulsante diversidade é indispensável. Por isso, a iniciativa reuniu artistas locais e pesquisadores para mostrar as formas de expressão que surgem da floresta em diversas linguagens. “A Amazônia é um caldeirão, um fervilhão, uma fonte inesgotável de cultura e diversidade. O painel sobre o mercado criativo traz o protagonismo de quem sustenta essa criatividade, que são espíritos de resiliência, espíritos de preservação e espíritos de promoção da cultura amazônica”, acrescenta Rocha.

Para aqueles que não puderem estar presentes fisicamente, o Instagram casamazonia.ny servirá como uma janela para o evento, permitindo que o público virtual se conecte com os produtos, artistas e soluções sustentáveis que emergem do coração da floresta.

Sobre a Vale

A Vale é uma mineradora global que existe para melhorar a vida e transformar o futuro juntos. Uma das maiores produtoras mundiais de minério de ferro e níquel e importante produtora de cobre, a Vale tem sede no Brasil e atuação global. Suas operações compreendem sistemas logísticos integrados, incluindo aproximadamente 2.000 quilômetros de ferrovias, terminais marítimos e 10 portos distribuídos pelo mundo. A Vale tem as ambições de ser reconhecida pela sociedade como referência em segurança, a melhor operadora e a mais confiável, uma organização orientada aos talentos, líder em mineração sustentável, e referência em criação e compartilhamento de valor. 

Entre suas metas voluntárias de sustentabilidade está a proteção e recuperação de 500 mil hectares de área até 2030, para além dos muros da empresa. Destes, 400 mil hectares serão destinados à proteção de florestas e 100 mil hectares à restauração de áreas degradadas em um modelo que busca desenvolver o ecossistema de negócios de impacto socioambiental positivo. Além disso, a empresa, em parceria com o Fundo Vale, Fundação Vale e Instituto Cultural Vale, vem investindo em ações de proteção, pesquisa, desenvolvimento territorial e incentivo à cultura na Amazônia.

Sobre o Fundo JBS

O Fundo JBS para a Amazônia é uma organização sem fins lucrativos criada em 2020 como parte de uma estratégia mais ampla de sustentabilidade da empresa JBS para a região amazônica.

O Fundo apoia projetos norteados por dois grandes objetivos: potencializar a produtividade de pequenos produtores de áreas convertidas através da recuperação de solos degradados. Para alcançar estes resultados, definiu três grandes eixos de atuação: Cadeias Produtivas em Áreas Abertas (programa JUNTOS), Bioeconomia e Ciência e Tecnologia.

Até o agosto de 2024, a organização tem comprometidos R$ 82,9 milhões com 20 projetos, beneficiou 6.645 famílias, conservou e/melhorou/recuperou 4,8 milhões hectares, apoiou 44 negócios, beneficiou 16 Terras Indígenas (TIs), financiou 43 bolsas de pesquisa e colaborou com a certificação de mais de 2,5 milhões de hectares.

Casa Amazônia NY foi criada e organizada por:

Ana Claudia Costa é paraense, Mestre em administração pública com enfoque em desenvolvimento econômico pela Columbia University/SIPA e bacharel em Direito pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Possui 6 anos de experiência em desenho e implementação de projetos de desenvolvimento social em Governos Estaduais, Municipais e terceiro setor. Bolsista da Fundação Lemann, Person of the Year Fellow 2022 da Câmara de Comércio Brasil Estados Unidos, Lemann Innovation and Social Enterpreneur 2023, delegada do World Bank Youth Summit, alumni do Vetor Brasil, bolsista Prolider e menção honrosa no Prêmio Miranda Rosa de Qualidade.

Célia Barbosa é pesquisadora cultural formada em Estudos de Moda pela Parsons School of Design e cofundadora da Casa Amazônia. Explora as interseções entre moda, mídia, cultura e identidade, dedicando-se à construção de experiências imersivas que promovem narrativas amazônicas no cenário global. Ela atua na criação de espaços de diálogo entre stakeholders, onde a inovação, a criatividade e o impacto social são prioridades.

Caroline Rocha é especialista em Política Climática e Justiça Climática, consultora do Oxford Sustainable Law Programme da Universidade de Oxford, co-fundadora da Rede Amazônidas pelo Clima e Diretora de Políticas Públicas e Engajamento da LACLIMA. Autora do livro “Justiça Ambiental e a Crise Hídrica”. Fez parte do Grupo de Pesquisa em Direito Ambiental, Economia e Sustentabilidade na Universidade de São Paulo. Com formação em direito pela Universidade Federal do Pará, obteve mestrado com foco na atuação do STF em matéria ambiental, além de doutorado em justiça climática e ambiental, ambos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

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Redação
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