Hipertensão

Compartilhe:

Hipertensão

   Grave, frequente e ainda menosprezada, a hipertensão, ou pressão alta, é uma doença muito comum, que acomete uma em cada cinco pessoas. Entre os idosos, ela chega a atacar uma em cada duas pessoas. Também as crianças podem ter pressão alta.
    A hipertensão existe quando a pressão, medida várias vezes em consultório médico, ou nas Unidades de Saúde, é igual a 14 por 9, ou maior. Isso acontece porque os vasos, pelos quais o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve. Quando o coração bombeia o sangue e os vasos estão estreitados, a pressão dentro dos vasos aumenta.
    A pressão alta ataca os vasos. Todos eles são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão muito alta. Os vasos se tornam então endurecidos e estreitados e podem, com o passar dos anos, entupir ou romper-se.
    No coração, o entupimento de um vaso leva à angina e pode ocasionar infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso leva ao derrame cerebral, ou AVC. Nos rins também pode ocorrer entupimento, levando à sua paralisação. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o controle da pressão alta.
    A hipertensão arterial não apresenta sintomas, daí a dificuldade em se diagnosticar problemas de pressão. A hipertensão é considerada uma assassina silenciosa porque chega de mansinho sem qualquer sintoma.
    Outro dado muito importante é que na maioria dos pacientes a hipertensão é apenas um dos sinais de uma doença muito mais complexa, denominada Síndrome Plurimetabólica, sendo que estes pacientes apresentam maior predisposição à formação de coágulos em suas artérias (trombose), aumento do colesterol LDL (mau colesterol), redução de colesterol HDL (bom colesterol), elevação dos níveis de triglicerídeos e acido úrico, além da intolerância à glicose com predisposição à diabete e controle do estresse.
    A hipertensão arterial sistêmica afeta nada menos do que 20% da população adulta e 40% dos idosos, é uma doença crônica que necessita, para o seu adequado tratamento, mudanças importantes nos hábitos de vida dos pacientes, sendo este um objetivo difícil de ser atingido, pois exige: redução de peso, redução do consumo de bebidas alcoólicas, atividade física orientada, restrição ao sal, fim do tabagismo, mudança no padrão alimentar e suplementação de potássio, cálcio e magnésio. Isso somente será conseguido através de uma abordagem no mínimo quinzenal e multidisciplinar, até que o paciente incorpore a idéia de mudanças de hábitos.
    E esse é o tratamento não medicamentoso. É importante lembrar que a pressão alta pode causar impotência sexual, porque endurece os vasos do pênis, prejudicando a atividade sexual.
    No tratamento medicamentoso é enorme a gama de medicações anti-hipertensivas, hoje disponíveis no mercado (arsenal terapêutico), onde cada paciente se enquadra em determinada categoria conforme ordem médica. Na maioria dos casos, essas drogas reduzem os níveis de pressão arterial, mas com freqüência as pessoas respondem de maneira variada a essas medicações. É sempre necessário, tanto o ajuste da dosagem da droga prescrita, como a interação com outras, a fim de que se obtenha o controle da pressão arterial. Só o médico cardiologista está preparado para fazer a combinação correta dos medicamentos.
    Uma dica importante, é que o hipertenso nunca interrompa o tratamento por conta própria, seja porque o medicamento acabou, porque a pressão está controlada, ou porque vai viajar. O controle da pressão requer colaboração do paciente e um estilo de vida saudável que são os principais aliados do tratamento.
    Abaixo a Pressão Alta! Basta medir a pressão arterial.
Compartilhe:
Avatar photo
Redação
Artigos: 8376