Está constituída a nova administração Municipal de Manaus, a formação de uma nova liderança, disposta a resolver os grandes problemas de Manaus, num novo processo de transformação.
Na verdade, a cidade sorriso está precisando encontrar um caminho em busca do desenvolvimento no sentido de eliminar as carências da educação, segurança, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer e saúde.
A demanda é grande e a oferta de serviços é pequena. As promessas são muitas e poucas as realizações. Caso não seja estabelecida uma nova política para Manaus, a população será atropelada pelos fatos. E, sobre eles, não haverá nenhum controle.
A saúde talvez seja a principal preocupação dos brasileiros nestas eleições municipais e, logicamente Manaus não poderia ficar ausente deste cuidado.
Gradativamente a cidade vem obtendo um razoável avanço econômico que possibilita melhores condições de vida e de saúde para boa parte de seus habitantes. Comparando-se, no entanto, com os indicadores de saúde de algumas outras capitais, vê-se que ainda há muito a ser feito no sentido de igualar aos patamares mínimos de saúde da população, bem como superar as diferenças regionais, uma vez que a população cresceu vertiginosamente em virtude da migração desordenada oriunda de outros Estados que aqui aportaram em busca de soluções para os seus problemas. O fato de muitos deles não possuírem formação profissional os faz passar ao grupo dos suscetíveis do processo de exclusão.
A situação da saúde em Manaus e em toda sua zona rural tem se caracterizado por elevada incidência de enfermidades infecciosas e parasitárias tecnicamente evitáveis ou redutíveis caso fossem adotadas medidas simples de prevenção primária e melhorias educacionais.
As iniciativas governamentais praticadas nos serviços de saúde são insuficientes e mal distribuídas. Elas se caracterizam pela ineficácia. A caminhada é longa e a gestão nos serviços de saúde é inadequada não podendo por isso enfrentar os desafios impostos. O atual modelo deixa muito a desejar tanto em seu aspecto operacional (controle / regulação / avaliação) quanto para melhorar as ações de saúde que é a principal finalidade. A maioria absoluta dos amazonenses ainda não tem acesso às condições requeridas para seu bem-estar físico e social.
Antes de se mudar os rumos, são necessários fortalecer os compromissos. Em Manaus, persistem as dificuldades para a referência e contrarreferência, marcação de consultas especializadas de média e alta complexidade, associadas à desorganização dos serviços de atenção básica de saúde que provocam imensas filas pedindo atendimento ou uma simples consulta.
A ampliação da rede de atenção à saúde por meio do Programa Saúde da Família, com contratação e valorização dos profissionais de saúde e agentes comunitários por meio de Unidades Básicas de Saúde, com 390m2 de área poderia ser uma boa opção desde que fosse realizada e bem planejada. É importante que essa unidade seja integrada de forma completa às Unidades-Base, tanto em termos de serviços ofertados quanto em relação à sua gestão principalmente dos quesitos sistema de informação, medicamentos, materiais e recursos humanos.
As prioridades e decisões políticas sempre dependem dos gestores e dos munícipes. O importante é que as tomadas de decisões sejam tomadas com bases em indicadores relevantes e confiáveis.