7 de Setembro: Independência, Reflexão e Protesto

Compartilhe:

O 7 de Setembro não é apenas o “Dia da Independência” do Brasil — é um marco que sinaliza o nascimento de nossa nação como Estado soberano.

Em 7 de setembro de 1822, o Brasil rompeu com Portugal. Na época, éramos o Reino do Brasil, parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; e, ao proclamar a independência, D. Pedro I fundou o Império do Brasil, sendo coroado em 12 de outubro de 1822.

O reconhecimento internacional foi gradual. A Argentina foi a primeira nação a reconhecer nossa independência, em junho de 1823. Em seguida, os Estados Unidos reconheceram formalmente o Brasil em 26 de maio de 1824, estabelecendo relações diplomáticas.

Para selar o reconhecimento de Portugal, foi necessário pagar uma indenização, conforme o Tratado do Rio de Janeiro, assinado em 29 de agosto de 1825. Como o país não tinha recursos disponíveis, esse pagamento foi financiado por intermediários britânicos, sociedade internacional de financiamento, permitindo que a indenização fosse desembolsada — uma demonstração clara de como nossa independência foi envolta em interesses externos.

Assim, o Brasil iniciou sua trajetória como Império constitucional, sustentado por instituições estáveis, unidade territorial e modéstia reformista, tendo sido sob a monarquia que o país avançou na modernização, expansão territorial, abolição da escravatura e construção de símbolos nacionais.

Desde a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, acumulamos promessas não cumpridas: democracia frágil, corrupção sistêmica, desigualdade social persistente, instabilidade política e descrédito institucional.

Neste 7 de Setembro, escolho não comemorar no sentido festivo; prefiro refletir e protestar:

Relembrar que nossa independência foi proclamada por um príncipe — e que o Brasil nasceu como Império, não como República.

Ressaltando que a monarquia legou ao país um período de estabilidade e progresso que a república não preservou.

Questionar se a república brasileira realmente entregou ao povo o que prometeu: democracia, justiça social e governança honesta.

O verdadeiro patriotismo é crítico, não superficial. Não basta honrar a data — é preciso confrontar o passado e o presente, avaliando o que fomos e o que nos tornamos.

Neste 7 de Setembro, minha homenagem é ao ato da independência e ao Brasil que poderia ter sido — e ainda pode ser — se tivermos a coragem de buscar honestidade, estabilidade e verdadeira democracia.

Gostaria de saber sua opinião sobre o tema: a república brasileira tem cumprido as promessas feitas ao povo desde 1889?

Erikson Oliveira – Contato: eriksonoliveira2023@gmail.com Bacharel em Processos Gerenciais | Pós-Graduado em Administração Pública e Direito Previdenciário | Especialista em Gestão e Relatórios

Compartilhe:
Avatar photo
Redação
Artigos: 8120