No CREA, Eduardo Braga detalhou o plano de governo que harmoniza a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento regional
Manaus/AM – Em reunião no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Amazonas (CREA/AM), ocorrida, nesta sexta-feira (21/10), o senador e candidato pela coligação ‘Em defesa da vida’, Eduardo Braga (MDB), conversou por quase três horas com engenheiros, geólogos, técnicos, funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e empresários do segmento da construção civil sobre o desafio de colocar o Amazonas novamente no rumo do progresso a partir do combate ao desperdício de recursos públicos, retomada de programas sociais compatíveis com as demandas populares e investimentos em áreas vitais para a economia.
O presidente do CREA/AM, Afonso Lins, agradeceu a presença do candidato que também é profissional da área. Eduardo Braga é engenheiro eletricista por formação e filiado ao conselho da categoria desde os anos 90. “Agradeço a presença do candidato e pela sua disposição de sentar conosco para debater assuntos que impactam na vida dos profissionais e do estado”, disse Afonso Lins para os representantes de inúmeras entidades de classe que lotaram o auditório da instituição, Agamenon Nogueira Nobre.
O candidato do MDB abriu o encontro falando sobre o desafio de administrar um estado, cujo território comporta vários países e estados brasileiros. “O Amazonas tem 1,5 milhão m² dos quais 96% são de floresta primária em pé. Nós temos um papel estratégico na região, no país e no mundo por causa da biodiversidade, da regulação do clima. Temos um papel fundamental para a macroeconomia brasileira. Nas últimas três décadas, o Brasil tem se caracterizado como o país do agronegócio e do extrativismo mineral. Se não fosse a floresta Amazônica, isso não aconteceria. Sem a floresta, não teríamos as chuvas no tempo certo e na quantidade certa e não seríamos grandes produtores de soja, milho e algodão com destaque mundial no agronegócio”, explicou Eduardo Braga.
Ao abordar temas polêmicos como as queimadas, o garimpo ilegal, o desmatamento, o candidato foi categórico ao afirmar que é um defensor do meio ambiente, mas que prioriza a vida dos irmãos amazonenses porque um está intrinsicamente ligado ao outro, sendo assim apoia as atividades lucrativas na floresta desde que obedeçam a legislação vigente, garantam a preservação e renda para os moradores da região. “Nós precisamos de projetos, da construção de uma nova macroeconomia para o nosso estado. O Amazonas precisa de aeroportos para a aviação regional, de portos para fazer escoamento da produção, de estradas para o deslocamento das pessoas e das pequenas cargas. O Amazonas também precisa de indústrias de transformação e entrar em novas fronteiras do segmento industrial. A Zona Franca por si só já não nos basta. Por nosso esforço, o modelo está preservado até 2073, mas não basta prorrogar a ZFM, é preciso trazer para cá novos segmentos como a indústria da biodiversidade, de cosméticos, a nanotecnologia”, pontuou o senador.
Ao relembrar o período em que deixou o governo, no início de 2010, o candidato afirmou que o número de empregos diretos no Distrito Industrial estava em torno de 134 mil. Atualmente, o Polo Industrial de Manaus emprega menos de 110 mil trabalhadores. A queda foi ocasionada tanto pela desaceleração da economia quanto pelo investimento em tecnologia de última geração, que afetou durante o nível de empregabilidade. “Temos de trazer indústrias que agreguem mão de obra. Indústrias de alta tecnologia não geram emprego e renda. Você vai numa fábrica de placas de circuitos internos, que no passado empregava 20 pessoas num setor, hoje, tem duas porque os sistemas são automatizados. Por que não podemos trazer indústrias de calçados, indústrias têxteis para a Zona Franca? Não queremos competir com os demais estados, queremos trazer para cá o que não é fabricado no Brasil”, destacou o senador. Eduardo garantiu ainda que investirá fortemente na capacitação dos amazonenses para evitar que as empresas daqui sejam obrigadas a trazer profissionais de fora por falta de mão de obra qualificada.