Wilker denuncia que novos leitos de UTI instalados na UPA de Tabatinga estão irregulares e expõe atendimento precário de maternidade

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O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) denunciou nesta terça-feira, 23, em sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que os dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) recém-inaugurados pelo Governo do Amazonas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tabatinga, no dia 20 de agosto, apresentam irregularidades. A grave denúncia foi constatada durante viagem do parlamentar no último final de semana ao município, distante 1.108 quilômetros de Manaus.

Segundo relatos de profissionais da saúde da cidade, Wilker revelou na tribuna que os novos leitos de UTI instalados no complexo hospitalar não possuem tomografia computadorizada, um dos requisitos mínimos de funcionamento dessas unidades de suporte avançado à saúde, conforme determina o artigo 20 da Resolução nº 7 do Ministério da Saúde, além da ausência de banco de sangue, fundamentais para o atendimento de pacientes que necessitam de um cuidado especial e de monitoramento constante.

Para Barreto, as irregularidades nos leitos da UTI colocam em risco aproximadamente 130 mil pessoas do Alto Solimões que podem ser atendidas com as novas estruturas.

“Estou alertando para uma tragédia anunciada em Tabatinga, esses dez leitos de UTI foram colocados na coxa e não foram instalados adequadamente naquele município. Vai morrer gente em Tabatinga e no Alto Solimões e eu fico mais indignado é que o secretário de saúde estava na cidade, isso é criminoso”, ponderou Barreto.

Perigo na maternidade

Outra denúncia revelada por Wilker foi o atendimento precário na Maternidade Celina Villacrez Ruiz, unidade agregada à UPA de Tabatinga. Relatos apontam que pacientes grávidas estão sendo atendidas próximas ao setor de urgência junto com outros pacientes em estado grave, causando insatisfação e medo às gestantes.

Isto porque, para que houvesse a instalação dos leitos de UTI, o Governo utilizou as salas de atendimento da maternidade. Diante disso, a ala pediátrica foi transferida para a UPA, deixando o atendimento das gestantes para o espaço ao lado da sala de assistência de urgência, o que para Barreto, é um perigo à saúde das mulheres e dos seus filhos.

“O que estão fazendo é uma atrocidade, expondo mamães em trabalho de parto a situações vexatórias e desumanas. Isso não é planejamento e materializa a omissão deste irresponsável do secretário de saúde que visitou o hospital, é médico e entrega meio serviço para a população”, criticou o deputado, frisando que irá denunciar aos órgãos de controle do Estado.

Assessoria de Comunicação Deputado Estadual Wilker Barreto

 

Jornalista responsável: Nathália Silveira (92) 98157-3351

Texto: Dayson Valente

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Redação
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