“Os problemas do Brasil são de origem ética, moral e política”, afirma em livro Samuel Hanan

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Os problemas que emperram o crescimento do Brasil, em sua rota para se tornar um país desenvolvido, vem de longa data e estão sujeitos à análise de determinados períodos e eventos históricos, principalmente mudanças políticas, que comprometeram os avanços.

No livro “Brasil, um país à deriva”, que será lançado nesta quinta-feira, 17, às 19:30h, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, centro de São Paulo, o ex-vice-governador do Amazonas, Samuel Assayag Hanan e seu filho Daniel Falcone Hanan, fazem uma análise dos fatos a partir da Constituição de 1988, e os efeitos depois desse momento e para o futuro.

A motivação que levou à obra, segundo Hanan, “é fruto de uma frustração, indignação e tristeza de ver o Brasil ser um país de oportunidades perdidas. Lembro que meu pai dizia pra nós: – Meus filhos, estudem muito. O Brasil é um país do futuro. O Brasil vai ser uma potência mundial”.

– Hoje, vejo que o meu pai era um otimista, porque o Brasil jogou fora o passado, ignora o presente e compromete o futuro.

Alguns dos elementos que dificultam uma mudança de rota no “ex-país do futuro”, também são mencionados por Samuel Hanan:

“Os problemas do Brasil não são econômicos; são de origem ética, moral e política. Isso tudo leva a uma corrupção gigantesca. Leva ao foro privilegiado, à impunidade, à prescrição de crimes. Então os nossos problemas não são econômicos: são de natureza ética, moral e de conduta política.”

Além da análise socioeconômica e política, o livro traz dados e sugestões de propostas para a solução de problemas crônicos do país, como as desigualdades regionais e o desprezo dos governos pelo potencial da Amazônia, hoje reconhecido pelas grandes potências mundiais.

“A classe política precisa se entender e corrigir esses desvios, se quisermos corrigir os rumos e ter melhoras para o nosso povo”, sustenta Samuel Hanan, que foi secretário de Fazenda e depois vice-governador nas duas gestões de Amazonino Mendes, de 1998 a 2002.

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Redação
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