Setor de alimentação acumula perdas desde o início da pandemia. Apesar das adaptações realizadas para prevenir a transmissão da infecção viral, o segmento é considerado um dos mais afetados pela crise sanitária
Brasília, 26 de maio de 2021 – Desde o ano passado, o dia a dia dos brasileiros passou por drásticas mudanças por conta da chegada do coronavírus ao país. A maioria dos segmentos – independente da área de atuação – teve que adotar medidas de prevenção para que pudesse manter as suas atividades. Essa precaução permitiu que muitos empreendimentos continuassem movimentando o mercado, mesmo com a crise econômica desencadeada pela Covid-19.
Contudo, indo contra essa premissa, o setor de alimentação, que também buscou adaptar o seu trabalho, enfrenta perdas progressivas apesar de todas as ações realizadas para evitar fechamentos. Estima-se que quase cem mil restaurantes, bares e similares interromperam as suas atividades definitivamente devido à ausência de clientes, provocada, especialmente, pela diminuição de circulação de pessoas nas ruas.
Para Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o setor precisa do suporte da população para evitar mais fechamentos e demissões. A entidade defende que esses estabelecimentos inovaram diante do cenário pandêmico e, portanto, estão seguros para realizar os seus atendimentos.
“Quando falamos do segmento voltado à alimentação, é impossível não associá-lo aos sistemas de autosserviço, conhecidos como self-services. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) estima que seis em cada dez restaurantes de pequeno porte atuam com essa modalidade alimentícia. É um número expressivo. Por isso, precisamos ter um olhar cauteloso em relação aos empresários deste ramo”, informa Sampaio.
O levantamento realizado pelo Sebrae, em 2017, também apontou que 61% dos estabelecimentos trabalham com o modelo de autosserviço em algum período do dia, enquanto 47% atuam exclusivamente desta maneira. Por se tratar de um serviço bastante presente na sociedade, o presidente da FBHA reforça a importância da sua manutenção.
“Nosso setor foi um dos primeiros a adotar essa bandeira de conscientização quando a Covid-19 começou a avançar nas regiões brasileiras. A alimentação fora do lar é muito presente no nosso país. Infelizmente, estamos sofrendo com uma situação inédita de prejuízos que, a cada mês, se tornam mais evidentes. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apenas em 2020, acumulamos perdas de 28,61 mil negócios”, destaca Sampaio.
No início da pandemia, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR) divulgou um protocolo de procedimentos de boas práticas nas operações para restaurantes, bares e lanchonetes, garantindo condições higiênico-sanitárias para auxiliar no retorno das atividades. Para os self-services, foram destacados pontos cruciais para os seus funcionamentos.
“Todo o setor se solidarizou a disseminar a maneira correta de operacionalizar um empreendimento. Por isso, para os self-services, destacamos a necessidade de oferecer luvas descartáveis para o uso dos clientes no momento de se servirem. Além disso, investimos na proteção adequada dos equipamentos de buffets. Protocolos padrões do comércio, como aferição de temperatura e uso de álcool gel nas dependências, também são presentes nesses espaços”, comenta o presidente da FBHA.
Para Sampaio, a renda de muitas famílias é proveniente desses ambientes destinados à alimentação fora do lar. Impedi-los de funcionar e/ou limitar a sua atuação traz impactos a longo prazo para milhões de brasileiros. Por essa razão, a federação defende o setor e busca novas formas de auxiliá-los durante esse momento econômico crítico.
“Nós inovamos. Trouxemos medidas que, de fato, são eficientes contra a transmissão do coronavírus. Agora, precisamos que a população se movimente para apoiar o comércio local. Por isso, incentivamos que as pessoas consumam de bares, restaurantes e similares da região em que residem. Só conseguiremos sair desse prejuízo financeiro se tivermos um suporte amplo e geral. Isso vale para a sociedade como um todo, inclusive, no âmbito governamental, com medidas mais contundentes para diminuir essas perdas”, diz.
Sobre a FBHA – A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) é uma entidade sindical patronal constituída com a finalidade de coordenação, defesa administrativa, judicial e ordenamento dos interesses e direitos dos empresários da categoria e atividades congregadas. Integra a chamada pirâmide sindical, constituída pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), pela própria FBHA, pelos Sindicatos e pelas empresas do setor.
É uma das maiores entidades sindicais do país e tem representação nos principais órgãos, entidades e conselhos do setor empresarial e turístico do Brasil, tais como o Conselho Nacional de Turismo (CNT), do Ministério do Turismo, ou o Conselho Empresarial do Turismo (Cetur) da CNC.
Está presente em todas as regiões, através de 67 sindicatos filiados. Representa em âmbito estadual e municipal cerca de 940 mil empresas, entre hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares.
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