IFAM articula ações para implementar a educação binacional.

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Nesta semana, uma comitiva do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) esteve visitando o campus Santana do Livramento, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e a Reitoria em Pelotas em busca de detalhes sobre o projeto implantado pela instituição.

Instaurada há 11 anos no campus Santana do Livramento, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), a Escola Técnica Binacional, que abrange Brasil e Uruguai, já é considerada referência no ensino de múltiplos países.

Diferente das instituições “convencionais”, o projeto de escola binacional não acontece em prédio único em que professores e alunos, brasileiros e uruguaios, trabalham juntos. Idealizados em 2006, e com execução a partir de 2010, os 14 cursos técnicos oferecidos aos 1,5 mil alunos são divididos entre o campus Santana do Livramento, nas áreas da Informática e Energias Renováveis, e a Universidad del Trabajo de Uruguay (UTU), que conta com Agropecuária, Controle Ambiental e Logística. Além de uma recente parceria com a Universidad Tecnológica del Uruguay (UTEC) que passou a agregar com Ensino Superior.

Conforme explica o diretor de Relações Internacionais do IFSul, César Nogueira, o projeto, em parceria com a UTU, é pioneiro e torna-se referência na rede federal de educação, tendo como prova a visita da comitiva do Norte do país. “A gente fica feliz em poder ajudar porque queremos ver cada vez uma integração maior entre os países da América Latina. Temos tanta coisa em comum com nossos vizinhos e podemos fazer coisas legais juntos, tem tanta gente capacitada”, frisa.

Entre os diferenciais, os cursos são ministrados em português e espanhol, proporcionando a experiência bilíngue e, ao final deste, o aluno recebe certificação dupla, possibilitando a atuação profissional nos dois lados da fronteira. “A internacionalização do currículo já é um caminho sem volta. Vemos isso acontecendo com brasileiros no Canadá e na China e assim podemos mandar os nossos estudantes e professores para outros países, que estão ao nosso lado, para ter essa concepção. O Brasil precisa despertar, estamos há muito tempo de costas para nossos vizinhos latinos e agora é hora de virar e se abraçar”, afirma o assessor de Relações Internacionais do IFAM, André Salgado.

Além de Livramento, o Campus Avançado Jaguarão também possui parceria com a UTEC, oferecendo cursos a nível técnico de Agricultura, Edificações Semestral e Secretariado.

Volta ao Norte com boas referências

A visita da comitiva do IFAM ao campus Santana do Livramento aconteceu na terça-feira. Conforme explica o diretor geral do campus Tabatinga, Nicolas Neves, a instituição escolhida para abranger o ensino voltado à tríplice Brasil, Colômbia e Peru é o próprio campus Tabatinga, localizado a mil quilômetros de Manaus e dentro da comunidade do Alto Solimões, composta por nove municípios. Atualmente, a instituição é referência na região, atendendo 500 alunos em cursos de Ensino Médio integrado, subsequente, além de graduação e pós-graduação.

O desejo da escola binacional foi notado em 2012 devido a demanda de estudantes dos países vizinhos que desejam estudar no IFAM. “Nós sonhávamos em poder transformar o campus no instituto que pudesse agregar os irmãos colombianos e os peruanos aos nossos estudantes brasileiros, uma vez que, além da língua portuguesa e espanhola, nós ainda temos a maior concentração da etnia Ticuna do Brasil”, explica Neves. No decorrer dos anos, tratativas e assinaturas para a viabilidade foram realizadas com instituições colombianas, como o Servicio Nacional de Aprendizaje (SENA) e a Universidad Nacional de Colombia (UNAL), além de visitas do Instituto de Tecnologia do Peru, com demonstrado interesse de firmar parcerias.

A conversa inicial entre Sul e Norte do país se deu através do setor de Relações Internacionais do Instituto, com a apresentação do projeto do IFSul. O convite para conhecer, in loco, o trabalho realizado em Santana do Livramento gerou um entusiasmo e foi apontado como o “pontapé inicial” pelo diretor geral. “Foi o primeiro passo para que esse sonho pudesse se concretizar. Pela própria experiência do campus Santana tem muito trabalho, toda uma parte documental burocrática, e levar para que as instituições parceiras entendam o que precisará ser realizado”, finaliza Nicolas Neves.

A comitiva amazonense também contou com a presença do coordenador de Pesquisa do IFAM, Fabiano Valdez, e da professora Patrícia Freitas, coordenadora do Centro de Idiomas.

Segundo o reitor do IFAM professor Jaime Cavalcante Alves “essa aproximação com nossos vizinhos é primordial para o sucesso de nossas ações, o IFAM já possui já trabalha com uma grande diversidade cultural devido às dimensões de nosso estado, e saber entender a diversidade é saber absorver o conhecimento em suas diversas formas isso é o que chamamos de ciência aliar o conhecimento tradicional ao científico em suas diversas formas” disse.

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Redação
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